O Papa convocou um Ano de São José de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021, para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus
A tradição da Igreja atribuiu uma devoção especial a cada mês do ano, e março é dedicado em particular a São José, casto esposo da Virgem Maria e padroeiro da Igreja universal.
São José é conhecido como o “Santo do Silêncio” porque não se conhece uma palavra pronunciada por ele, mas sim as suas obras, sua fé e amor que influenciaram em Jesus e em seu santo matrimônio.
Uma das pessoas que mais difundiu a devoção a São José foi Santa Teresa d’Ávila, que através da intercessão do santo foi curada de uma doença que a deixou quase paralisada e que era considerada incurável.
Santa Teresa costumava repetir que “outros santos parecem ter um poder especial para resolver certos problemas. Mas Deus concedeu a São José um grande poder para ajudar em tudo”.
Até o final de sua vida, a santa carmelita destacou que “durante 40 anos, todos os anos, na festa de São José, pedi-lhe alguma graça ou favor especial, e não falhou comigo nem uma vez. Eu digo àqueles que me escutam que façam o ensaio de rezar com fé a este grande santo, e verão os grandes frutos que conseguirão”.
O Papa Francisco também dedicou várias reflexões a São José. Da mesma forma, foi o Pontífice que, por decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, decidiu fazer uma pequena modificação nas orações da Missa para incentivar a devoção a este santo.
Especificamente, com esta modificação, São José é mencionado nas Orações Eucarísticas II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano, colocando-se após o nome da Virgem Maria.
Em dezembro de 2017, na homilia da Missa que presidiu na Casa Santa Marta, o Papa disse sobre São José que “deste homem que assumiu a paternidade e o mistério afirma-se que era a sombra do Pai, a sombra de Deus Pai. E Jesus homem aprendeu da vida, do testemunho de José, a chamar ‘papá’, ‘pai’, ao seu Pai que conhecia como Deus: o homem que preserva, que faz crescer, o homem que leva em frente qualquer paternidade e qualquer mistério, mas nada conserva para si. Nada”.
Além disso, o Pontífice convocou um Ano de São José de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021, para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus, por meio do qual o Beato Pio IX declarou São José como padroeiro da Igreja.
Para isso, o Papa Francisco escreveu a Carta Apostólica Patris corde para que “todos os fiéis, seguindo o seu exemplo (de São José), possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus”.
“Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”, escreveu o Papa em Patris corde.
Além disso, o Santo Padre indicou que deseja destacar o papel de São José como um pai que serviu sua família com caridade e humildade, acrescentando que “a Igreja de hoje precisa de pais”.
●Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.