Santa Dulce dos Pobres: muito além dos gestos de caridade

O desejo de Santa Dulce de ajudar os mais pobres e necessitados ardia em seu coração, e suas pequenas ações passaram a concretizar grandes serviços à sociedade

Antoine Mekary | ALETEIA

Padre Reginaldo Manzotti / Aleteia

Dar de comer a quem tem fome é uma das obras de misericórdia corporais. O encontro com o ressuscitado está bem próximo de nós e quem tem fome tem pressa. Ajudar os mais necessitados é uma forma de exercer a caridade, promovendo o bem ao próximo e a nós mesmos. As nossas boas ações sem algum interesse próprio, tem um valor espiritual muito grande para Deus, estamos juntando tesouros no céu.

A jovem Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nascida na cidade de Salvador, Bahia comoveu o mundo todo com seus gestos de amor à Deus e ao próximo. Com muita admiração, tenho o orgulho de escrever sobre Santa Dulce. Conhecida como a “Mãe dos pobres” e o “Anjo Bom da Bahia”. Uma mulher que viveu nossos tempos e seu legado foi de amor e serviço aos pobres e doentes.  Nos deixou exemplos de mansidão, caridade e humildade. Virtudes essas que, como bons cristãos, devemos nos esforçar todos os dias, para adquirir o hábito de praticá-las, mas Dulce foi muito mais além em seus gestos de caridade.

Perdeu sua mãe com apenas seis anos de idade e desde muito novinha, já exalava a vocação de religiosa.  Ainda morando na casa de seu pai, já acolhia mendigos e doentes. Após sua formação como professora, no ano de 1933, ela entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e adota o nome de sua mãe, passando a se chamar Irmã Dulce.

Ela é a santa da caridade, seu desejo de ajudar os mais pobres e necessitados ardia em seu coração, e suas pequenas ações, mais tarde, passaram a concretizar grandes serviços a sociedade que perecia pela fome e a doença. Foi reconhecida pelas autoridades locais por suas obras e graças a suas ações e a sua fé em Deus, não ajudou apenas com obras corporais, mas também espirituais: “O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós” (Santa Dulce dos Pobres).

O mundo ainda sofre na carne, seja pela fome, a sede, o frio e também sofre na alma pela desolação, o abandono, o vício, por estarem longe de Deus. Mas nunca é tarde para começarmos a exercer o bem. Podemos começar com gestos de amor, sendo afáveis ao próximo, acolher a dor do outro. E pequenas ações do dia a dia, como alimentar quem tem fome, doações de roupas, sapatos, brinquedos. Se puder, ajude com o dinheiro, isso mesmo. Na compra de um remédio a quem não pode comprar, no tratamento de alguém doente. Se mesmo assim não consegue ajudar, oferte algum tempo ao próximo, pode se dedicar na pastoral de sua Igreja, no setor de prestação humana. “Ser bondoso com os pobres é emprestar ao Senhor, e ele nos devolve o bem que fazemos” (Pr 19,17).

Que possamos aprender com Santa Dulce o cuidado com os mais necessitados e não medir esforços para sempre fazer a vontade de Deus!

Artigo anteriorFesta de Santa Clara de Assis será nesta sexta-feira, 11 de agosto, com Missa às 18h
Próximo artigoApenas a Missa de domingo é válida? O A12 responde!