Exposição sobre o acervo da Igreja Primitiva de São Sebastião será encerrada nesta sexta-feira, 5

Mostra com o título “A igreja do Castelo desce mas não desaparece”, acontece 100 anos após o desmonte do Morro do Castelo e faz parte das comemorações dos 450 anos da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Dom Orani Tempesta observa peças da exposição ao lado do reitor e pároco do Santuário Basílica, frei Jorge de Oliveira, e do diácono Manoel Tavares.

Emilton Rocha

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta abriu, no sábado, 23, a exposição “A igreja do Castelo desce mas não desaparece”, no Santuário Basílica de São Sebastião, Salão Frei Nemésio, localizado na Tijuca. De 24 de julho a 5 de agosto (sexta-feira), o público conhecerá parte do acervo da Igreja Primitiva de São Sebastião, que faz parte das comemorações dos 450 anos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, e acontece 100 anos após o desmonte do Morro do Castelo, que primeiro deu lugar, à época, aos pavilhões da Exposição Internacional do Centenário da Independência.

– Estamos abrindo hoje a exposição dos 100 anos do Morro do Castelo que foi desmanchado e que aqui estão as relíquias da antiga Igreja Matriz e Catedral do Rio de Janeiro. Os frades capuchinhos estão de parabéns por nos trazer essa memória – disse Dom Orani.

A Igreja de São Sebastião, na Tijuca, elevada à categoria de santuário e basílica, e confiada à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos desde 1842, tem suas origens na primitiva igreja construída no Morro do Castelo, que depois se tornou a primeira Catedral, por ocasião da criação da Diocese do Rio de Janeiro, em 1676.

Para frei Arles de Jesus, ministro provincial da Província Nossa Senhora dos Anjos, “a igreja histórica é a primeira igreja primitiva do Morro do Castelo, que após o seu desmonte, em 1922, trouxe todo o seu o acervo que está sob a guardiania dos frades capuchinhos. Apenas algumas peças se encontram no Santuário Basílica de São Sebastião, como o corpo do fundador da cidade, Estácio de Sá, o marco da fundação da cidade e a imagem histórica de São Sebastião, do século XVI, que estarão expostas com várias outras peças – imagens sacras e peças dos altares”.

Inspirada no Mosteiro de Beuron, na Alemanha, a igreja foi aos poucos sendo remodelada. Entre os anos de 1941 e 1942, a fachada foi alterada pelo arquiteto italiano Ricardo Buffa, também autor do altar-mor do templo.

Atualmente, o Santuário Basílica de São Sebastião, além de conservar a memória das ‘relíquias da cidade’, de ter um acervo religioso de rara beleza entre imagens e vitrais, e de diversos objetos históricos e artísticos, é um dos principais locais onde se celebra a Festa de São Sebastião, padroeiro da cidade e da arquidiocese.

Mostra faz parte das comemorações dos 450 anos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

O Santuário Basílica de São Sebastião está situado à Rua Haddock Lobo, 266, na Tijuca. Horários da exposição: segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 13h às 17h; domingo: das 8h às 13h e das 16h às 18h.  Informações pelos telefones: 2204-7900 e 98247-2737 e pelo e-mail: sebastiao.tijuca@arqrio.org.br.

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