De partida para nova missão na Guatemala, Frei Paulo Roberto se prepara para novos desafios

“Confio essa Missão à proteção de Nossa Senhora dos Anjos e da oração dos irmãos da nossa província a quem estarei representando neste serviço de solidariedade fraterna internacional”

Frei Paulo no presépio de Natal, no último dia 24, após concelebrar a Missa do Galo. / Fotos: Angela Zolhof

Por Emilton Rocha / Pascom

“Eu nasci para ser rio, não árvore, minha frase de ordenação foi: ‘Quero ser livre para gritar o Evangelho’. Apesar de tudo, procurei guardar este princípio”, resume Frei Paulo Roberto Gomes, carinhosamente tratado por Frei Paulinho, que deve partir em breve para uma nova missão na América Central, exatamente na Cidade da Guatemala, capital da Guatemala, cuja população é de 995.393 habitantes (dados de 2018).

Localizada na América Central, a Guatemala faz limites a oeste e a norte com o México, a leste com Belize e Honduras, ao sul com El Salvador, além de ser banhada pelo oceano Pacífico e oceano Atlântico (Mar do Caribe). Sua religião é predominantemente o Cristianismo (97,7%): católicos, 84,3%; protestantes 12,7%; outros 0,7%, sem religião ou ateísmo 1,8%; e outras 0,5%.

Frei Paulo vai servir em projeto da Ordem Capuchinha de solidariedade internacional. “Somos uma Ordem Religiosa grande, presente em mais de 120 países. Queremos fomentar as fraternidades internacionais. Estarei indo para uma missão de presença fraterna, porém somente lá saberei em que consistirá. Serei um irmão dentre os irmãos de uma “Custódia”, ligada ao Ministro Geral, presente em três países: Guatemala, Honduras e El Salvador, com 39 freis”, resume.

Na Guatemala, cuja bandeira representa a paz, são falados 21 idiomas indígenas herdados das comunidades Maias, além dos dialetos Garifuna e Xinca. O idioma oficial é o espanhol e também é comum ouvir o inglês, por ser uma língua considerada universal. Entretanto, o país conta com 21 idiomas indígenas.

“Somos uma Ordem com DNA missionário. A partir do mesmo, que os irmãos perdem essa dimensão, perdemos um valor significativo de nossa identidade. Em 2022, o nosso Ministro Provincial havia me consultado sobre a possibilidade de ir para a missão internacional. Somos uma ordem internacional, presente em mais de 120 países. Como estava em meus planos ficar um ano com minha mãe, com 94 anos, em Itabira (MG), coloquei-me à disposição de nossa província a partir de 2024”, ressalta.

O frade capuchinho em oração: “Somos uma Ordem com DNA missionário”

O frade, que adora desafios, tem aperfeiçoado o espanhol vivenciado no Acre, onde também esteve em missão anos atrás e diz que confia na providência do Senhor. “Levo comigo a presença dos irmãos capuchinhos, os quais estarei representando nesta missão, as orações e o carinho dos amigos e amigas que me acompanham por onde passo. Também o desejo de poder consolidar minha vocação de frade capuchinho em uma outra realidade cultural. Somos irmãos de uma grande família internacional”, acentua.

Na sua festa de 59 anos, em Itabira, em julho, um grupo de amigos anunciou uma possível ida à Guatemala, em julho de 2024, e a partir de então começaram a articular. “Fico feliz” – diz – “Estou esperançoso e creio que o Senhor conduzirá minha vida por lá. Não há distância para os que se querem bem”.

A Guatemala é repleta de vulcões. Ao todo, são mais de 30 e são atrações muito procuradas pelos turistas. No entanto, apenas 3 estão ativos. O país conta com os maiores vulcões da América Central. Eles são chamados Tacaná e Tajumulco e ultrapassam 4 mil metros de altitude.

A natureza tropical da Guatemala é uma das mais diversificadas, com grande biodiversidade e variedade de recursos naturais. São muitas espécies de plantas e animais, como o pássaro Quetzal, considerado um símbolo nacional.

Em sua missão, Frei Paulo estará representando a província onde permanecerá por três ou seis anos. “É uma Custódia Capuchinha e estarei à disposição dos irmãos para o que for necessário. Gosto da missão e de desafios. Sinto-me como um rio que corre e não uma árvore estática. A convivência com minha família, depois de 38 anos, ajudou-me a aprofundar minha vocação de frade capuchinho. Minha família e os amigos queridos sempre estiveram presentes em minha vida missionária, com suas preces e ajudas econômicas na Evangelização”, acrescenta.

Atualmente Frei Paulo encontra-se no Convento de São Sebastiao, na Tijuca (RJ), preparando as questões legais e também aperfeiçoando o espanhol e a história da cultura dos irmãos da América Central. Ele deve partir para a Guatemala no final de janeiro.

“Confio essa Missão à proteção de Nossa Senhora dos Anjos e da oração dos irmãos da nossa província a quem estarei representando neste serviço de solidariedade fraterna internacional. Conto com as orações dos amigos e amigas do Santuário Basílica de São Sebastião do Rio de Janeiro”, conclui.

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