No Dia Mundial das Comunicações, comunicadores da Arquidiocese participam do ECOM
Texto: Gracielle Reis (Arqui Rio) | Fotos: Emilton Rocha (Pascom Capuchinhos)
Para celebrar o 49º Dia Mundial das Comunicações (DMC), comunicadores de toda Arquidiocese do Rio de Janeiro participaram de um encontro, nesta sábado, 16, com o tema “Família comunicadora: novos desafios e perspectivas”. O evento aconteceu na Paróquia Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado.
A primeira colocação do evento foi feita pela irmã paulina, Helena Corazza (foto abaixo), jornalista, mestra e doutora em Ciências da Comunicação pela USP e diretora presidente da Signis Brasil. A religiosa começou com uma apresentação geral dos temas das mensagens para o DMC, desde 2009, escritas pelos papas Bento XVI e Francisco.
A partir da mensagem deste ano, Helena Corazza destacou que Francisco é o papa do “encontro” e “proximidade”. Com isto, no texto de 2015, de acordo a irmã paulina, o Santo Padre quer destacar o processo comunicacional a partir da família.
►Leia Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações
E dentro deste processo, estariam os seguintes fundamentos: relacionamento bilateral, diálogo, compartilhamento e uma comunicação que envolve a totalidade do ser humano, com sua inteligência, sentimentos, vontade, linguagem corporal etc.
A passagem bíblica que ilustra o processo comunicacional apresentado pelo Pontífice é o encontro entre Maria e Isabel e os bebês em gestação (Evangelho de São Lucas 1, 41-42). A partir desta imagem, irmã Helena ressaltou ainda como a família deve ser uma essencial “escola de comunicação” e teria como tarefas principais: acompanhar os filhos; orientar para a escolha de programações nos meios de comunicação; e saber comunicar a beleza e riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher.
“Muitas pessoas estão sem referência. Não podemos ir na ‘onda’ do mercado. E esta vida de testemunho deve começar por mim”, concluiu.
Desafios e perspectivas
Em seguida, o vigário episcopal para a Comunicação e Cultura, cônego Marcos William, ao apresentar os meios de comunicação da Arquidiocese do Rio, abordou o tema dos desafios e perspectivas para o “hoje” da Igreja local: “temos a responsabilidade de estar no mundo de forma diferente. O mundo é nosso destinatário e o católico não está excluído disso e deve estar nas mais diferentes realidades”.
Sobre as Pastorais da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese, o cônego enfatizou que devem “células-vivas” dentro do sistema de comunicação arquidiocesano e as convidou a se fazerem mais presentes no espaço do Vicariato para a Comunicação e Cultura, no 7º andar do edifício da Mitra Arquidiocesana.
“Deste modo, cada agente de Pascom trará vida para a Arquidiocese. E não pensar apenas na hierarquia, padres ou leigos da Igreja, mas pensar também na relação com o mundo da ciência, cultura e educação”, enfatizou o cônego ao destacar também que cada católico não deve somente “fazer” mas “ser” comunicação e, assim, transmitir sua experiência concreta com Deus.
Oficinas
A segunda parte do evento foi dedicada às oficinas de redes sociais, radiojornalismo, webtv e assessoria de imprensa, aplicadas pelos representantes do Sistema de Comunicação da Arquidiocese. Foram conduzidas por Carol de Castro e Paulo Ubaldino (assessoria de imprensa); radiojornalismo (Marcylene Capper); Raquel Araujo (webtv); e padre Jefferson Merighetti (redes sociais).
Como parte prática da oficina de webtv, os inscritos, juntamente com a equipe da WebTV Redentor, fizeram a transmissão da Missa de encerramento do encontro.
Santa Missa e Adoração
Como comunicadores do Evangelho, os participantes enceraram o dia com um momento de adoração eucarística e a Santa Missa presidida pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta.
Na homilia, Dom Orani relatou que a comemoração do DMC foi instituída pelo Concílio Vaticano II, com o Decreto Inter Mirifica, em 1963.
Em sua fala, o arcebispo do Rio levou cada participante a refletir se tem sido um comunicador eficaz da Boa Notícia com a própria vida, diante de tantas informações de morte e sofrimento no mundo de hoje.
“Que nossa vida seja diferente da de um profissional de comunicação. Além de comunicar, somos chamados a viver a mensagem da Boa Nova e do Cristo Ressuscitado que nós mesmos anunciamos, através dos meios à nossa disposição”, concluiu.