A devoção brasileira a Santo Antônio, o santo português que dedicou a vida a caridade

Com excelente oratória e profundo conhecimento das Sagradas Escrituras, se destacou e foi nomeado pregador oficial dos Franciscanos e professor de Teologia, tornando-se famoso por suas pregações

Por CNBB

A Igreja celebra nesta terça-feira, 13 de junho, a Solenidade de Santo Antônio de Pádua, também chamado Santo Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu. O santo português, que é presbítero e doutor da Igreja, ganhou fama de ser casamenteiro, pois em certa ocasião intercedeu por uma jovem que teria conseguido fazer um ótimo casamento e é muito popular também por ser o santo das coisas perdidas.

Frade franciscano, Santo Antônio tem particular ligação com a Igreja no Brasil, onde 3 arquidioceses e 11 dioceses o tomam por padroeiro ou titular. Também são 24 as catedrais dedicadas ao santo e 13 municípios brasileiros que o têm como padroeiro.

Diversas comunidades em todo o Brasil celebram a data com as tradicionais trezenas de Santo Antônio e com a celebração no dia, que além da bênção, tem a distribuição do pãozinho de Santo Antônio.

O arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG), dom Eurico dos Santos Veloso, cuja a arquidiocese tem o santo como padroeiro, escreveu em seu artigo para a data que convida os cristãos a refletir sobre a vida e o legado de um dos santos mais amados e venerados pela Igreja Católica.

“A história de Santo Antônio é marcada por sua profunda devoção a Deus e por sua habilidade singular de transmitir a mensagem do Evangelho de forma simples e acessível. Ele era um pregador extraordinário, reconhecido por sua eloquência e sabedoria, suas palavras tocavam profundamente o coração das pessoas, levando-as a se converterem e a viverem uma vida mais próxima de Deus”, destaca o texto.

Dom Eurico destaca também no artigo a importância da simplicidade e da renúncia aos bens materiais legados deixados por Santo Antônio. “Ele nos chama a refletir sobre as riquezas verdadeiras, que não são encontradas nas posses terrenas, mas sim na graça de Deus e na partilha fraterna. Ele nos desafia a repensar nossas prioridades e a buscar uma vida de desapego e generosidade, seguindo o exemplo de Jesus e dos santos”, escreveu.

O arcebispo de Teresina (PI) e presidente do Regional Nordeste 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Juarez Marques Sousa da Silva, ressaltou em sua homilia durante a 1ª noite da trezena de Santo Antônio Aparecido, padroeiro da Diocese de Campo Maior-PI, no dia 1 de junho, que “Santo Antônio é exemplo de comunhão, testemunho e caminho porque, na sua sensibilidade e na sua fidelidade, decidiu acolher a misericórdia e percorrer o caminho da salvação”, disse.

História

Nascido em 1195, em Lisboa, o jovem Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo, nome de batismo de Santo Antônio, ingressou na Ordem dos Agostinianos aos 15 anos. Dez anos depois, já em Coimbra, foi ordenado sacerdote e adotou o nome de Antônio ao ingressar na Ordem dos Frades Menores, fundada por São Francisco de Assis.

Lá viveu de maneira simples entre os frades, até que um dia precisou substituir um pregador que faltou numa grande festa e fez a homilia. Com excelente oratória e profundo conhecimento das Sagradas Escrituras, se destacou e, então foi nomeado pregador oficial dos Franciscanos e professor de Teologia, tornando-se famoso por suas pregações.

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