Nas Catacumbas de São Sebastião, um dos cemitérios cristãos subterrâneos de Roma, situado na Via Ápia, venera-se a memória do santo mártir protetor contra a fome, as guerras e as epidemias.
Testemunho de Fé / Carlos Moioli
Desde a sua posse, toda vez que o arcebispo metropolitano, Cardeal Orani João Tempesta, vai a Roma tem o costume de celebrar missa na Basílica de São Sebastião, por ser o santo padroeiro da cidade e da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Desta vez, por ocasião da Visita “Ad Limina Apostolorum”, Dom Orani presidiu a Eucaristia nas Catacumbas de São Sebastião, que fica numa galeria abaixo da basílica, junto com seus bispos auxiliares e sacerdotes diocesanos, no dia 8 de outubro.
Estavam presentes na celebração os bispos auxiliares Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Dom Antonio Luiz Catelan Ferreira, Dom Célio da Silveira Calixto Filho, Dom Joel Portella Amado, Dom Juarez Delorto Secco, Dom Paulo Alves Romão, Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, Dom Roque Costa Souza e Dom Tiago Stanislaw.
Também monsenhor André Sampaio de Oliveira e os sacerdotes que residem e estudam em Roma, padres Antonio Augusto da Silva Bezerra, Carlos Augusto Azevedo da Silva, Crisônio Vieira de Souza, Diogo dos Santos Espagolla, Fabio de Freitas Guimarães e Rafael Siqueira Silva Pinho de Souza. Ainda o padre Patriky Samuel Batista, subsecretário adjunto geral da CNBB.
Relíquias do padroeiro
Nas Catacumbas de São Sebastião, um dos cemitérios cristãos subterrâneos de Roma, situado na Via Ápia, venera-se a memória do santo mártir protetor contra a fome, as guerras e as epidemias.
Documentos afirmam que São Sebastião foi sepultado nas Catacumbas no dia 20 de janeiro de 288. Santo Ambrósio, que viveu no final do século V, conta que ele teria nascido em Mediolano (moderna Milão), era um soldado da Gália Narbonense e teria sofrido martírio em Roma durante a perseguição de Diocleciano.
Acima das Catacumbas está edificada a Basílica de São Sebastião, cuja igreja foi construída no século IV, sobre o lugar onde, segundo a tradição, tinham sido transferidas, em 258, as relíquias dos Apóstolos São Pedro e São Paulo para salvá-las da profanação durante o período de perseguições.
A construção do atual edifício data do século XVII. A basílica é sede paroquial, instituída em 18 de abril de 1714 pela Bula do Papa Clemente XI.
A fachada da basílica atual é de autoria de Giovanni Vasanzio e foi terminada em 1613, e o interior dispõe de uma nave única.
No lado direito se encontram a capela das relíquias, decorada em 1625, na qual estão colocadas uma pedra que traria as pegadas dos pés de Jesus e uma das flechas que mataram São Sebastião com a parte da coluna na qual foi amarrado durante o suplício.
No lado esquerdo há à esquerda da entrada a capela de São Sebastião, construída por Ciro Ferri, em 1672, com a estátua do santo feita por Giuseppe Giorgetti, onde estão conservadas as relíquias do mártir.