Pela primeira vez, mulheres e leigos passam a fazer parte do grupo que ajuda a escolher os bispos de todo o mundo
I. Media para Aleteia
O Papa Francisco nomeou 14 novos membros para o Dicastério para os Bispos, incluindo, pela primeira vez, três mulheres. Foi o que anunciou a Sala de Imprensa da Santa Sé em 13 de julho de 2022.
As três mulheres são a freira francesa Yvonne Reungoat, ex-superior geral das Filhas de Maria Auxiliadora, a freira italiana Raffaella Petrini, secretária geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, e Maria Lia Zervino. A leiga Maria Lia é argentina e presidente da União Mundial das Organizações de Mulheres Católicas. Ela, de fato, é a primeira representante dos leigos no Dicastério.
Em entrevista concedida à agência de notícias Reuters em 2 de julho, o Pontífice anunciou que nomearia duas mulheres para o Dicastério para os Bispos. No final, Francisco acabou nomeando três, incluindo uma leiga. Até agora, os membros do Dicastério sempre foram homens, principalmente cardeais, além de alguns bispos.
O trabalho dos 24 membros deste Dicastério inclui a avaliação do perfil dos sacerdotes ou bispos para uma diocese cuja sede está vaga. Eles se apoiam fortemente no trabalho realizado pelos núncios apostólicos nos países envolvidos, cuja missão principal é apresentar a Roma três nomes para cada diocese, que formarão a ‘terna’ proposta ao Papa.
Outros membros
Entre as outras nomeações notáveis anunciadas estão alguns bispos que serão criados cardeais no consistório de 27 de agosto, incluindo: Dom Arthur Roche, prefeito do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; Lazzaro You Heung-sik, prefeito do Dicastério para o Clero; Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha (França) e Dom Oscar Cantoni bispo de Como (Itália).