A conexão mais imediata entre Santa Inês de Roma e os cordeiros é o seu próprio nome – mas há mais do que isso
Philip Kosloski / Aleteia
Santa Inês de Roma, cuja festa é celebrada em 21 de janeiro, costuma ser retratada na arte religiosa segurando um cordeiro ou ao lado de um desses animais de grande simbolismo para os cristãos.
Além disso, é tradição que os cordeiros sejam abençoados todo ano em pleno dia de sua festa litúrgica, reservando-se a sua lã para fazer o pálio, vestimenta branca semelhante a um lenço que é usada sobre a casula do bispo metropolitano.
A conexão mais imediata entre Santa Inês de Roma e os cordeiros é o seu próprio nome, que, na versão original, é “Agnes”. Acontece que essa palavra vem do latim “agnus“, que significa justamente cordeiro.
Além disso, há uma história medieval, registrada na célebre coletânea “Legenda Aurea” (Lenda Dourada), que reforça esta ligação relembrando um episódio pouco posterior à sua morte:
“Ocorreu que, certa noite, quando os amigos de Santa Inês vigiavam o seu sepulcro, viram uma grande multidão de virgens vestidas com vestes de ouro e prata, e uma grande luz brilhou diante delas. Do lado direito, havia um cordeiro mais branco do que a neve. Também Santa Inês aparecia entre as virgens e disse a seus pais: ‘Olhai e vede de não já lamentar-me como morta, mas alegrai-vos comigo, pois com todas estas virgens deu-me Jesus Cristo a mais refulgente habitação e morada, e estou com Ele unida no céu, a quem na terra amei com todo meu pensar’”.
Nesse relato, a presença de um cordeiro simbolizava a pureza, em referência à pureza de sua vida.
Desde então, Santa Inês foi quase sempre retratada junto a um cordeiro – e os cordeiros continuam a ser abençoados até hoje na sua festa litúrgica.