Igreja dos Capuchinhos: um santuário para o padroeiro da cidade

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Igreja dos Capuchinhos: um santuário para São Sebastião

A Igreja de São Sebastião, na Tijuca, administrada pelos frades capuchinhos, tem a tradição de receber milhares de devotos na festa do padroeiro, realizada no dia 20 de janeiro.

Neste ano, em que a cidade do Rio de Janeiro completa 450 anos de fundação, os fiéis e devotos do santo mártir tiveram dois motivos a mais.

O arcebispo Dom Orani João Tempesta elevou a paróquia à condição de santuário arquidiocesano, e o prefeito Eduardo Paes declarou o templo como “especial valor afetivo para os cariocas”.

A igreja tem importância histórica por guardar o marco da fundação da cidade, os restos mortais do fundador, Estácio de Sá, e a imagem histórica de São Sebastião do século 16, que, recentemente, passou por restauração.

Na celebração, quando também foram apresentadas as relíquias do Servo de Deus, Guido Schaffer, o arcebispo explicou o título de santuário e relacionou a vida do santo com a dos cariocas.

“São Sebastião é exemplo de tenacidade, perseverança e força, uma imagem semelhante do que o carioca vive no seu cotidiano. As flechas de hoje são as complexas dificuldades da cidade que o povo enfrenta com coragem, sem desanimar”, disse o cardeal.

A igreja foi declarada como templo de especial valor afetivo para os cariocas através do decreto municipal nº 39723, de 20 de janeiro de 2015. O título dado faz parte das comemorações do aniversário da cidade.

“Neste ano em que a cidade celebra os seus 450 anos, nada melhor do que comemorar o dia do padroeiro neste espaço que guarda o marco da cidade e os restos mortais do nosso fundador”, comentou Paes.

Para o pároco, frei Arles Dias de Jesus, essas homenagens são importantes por preservarem a memória da igreja, que, em 1921 teve de sair do Morro do Castelo, no centro do Rio, por causa do seu desmonte. A nova igreja foi edificada no bairro da Tijuca.

“A elevação a santuário arquidiocesano vai motivar e manter a tradição e o valor histórico da igreja. Os critérios que determinam que seja um santuário são práticas que na verdade a Igreja de São Sebastião já vem realizando ao longo do tempo”, afirmou o pároco.   

Imagem histórica

Recentemente restaurada por ocasião dos 450 anos da cidade, há 15 anos que a imagem trazida por Estácio de Sá não era conduzida nas procissões do dia 20 de janeiro.

As últimas vezes foram em 1958, quando ela sofreu uma queda e passaram a evitar que ela saísse do templo, e em 2000, nas comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil.

Fonte: Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

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