A Trezena será iniciada nesta sexta-feira, 31 de maio, e encerrada no dia 12 de junho, com a festa sendo realizada no dia 13, ocasião em que os tradicionais pãezinhos serão distribuídos no Santuário Basílica.
Emilton Rocha* / Pascom
A Pia União de Santo Antônio, do Santuário Basílica de São Sebastião, dá início neste dia 31 de maio à Trezena de Santo Antônio, monge português da Ordem Franciscana, um dos maiores pregadores por causa de seus escritos – muito venerado não somente na Europa como também nas Américas e demais continentes.
Ele nasceu em 15 de agosto de 1195 como Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo, mas há relatos de que ele possa ter nascido um pouco antes, em 1188. Ele pertencia a uma família abastada, mas renunciou à riqueza e mudou de nome ao ingressar na Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho.
A tradicional trezena – de 31 de maio a 12 de junho – irá preparar seus devotos e admiradores para o dia 13 de junho, dia festa do santo, ocasião em que será celebrada uma Missa (Memória obrigatória) às 18h. Neste dia, após a celebração, haverá a tradicional distribuição dos pães de Santo Antônio e a venda do Bolo de Santo Antônio. O gesto concreto será a doação de leite em pó que irão compor as cestas básicas, destinadas às famílias assistidas pelo Santuário Basílica. Veja a programação abaixo:
Terço: segunda a sexta, às 17h; Sábados e domingos, às 16h. Trezena: segunda a sexta, às 18h; sábados e domingos: 17h. Gesto concreto: doação de leite em pó que irão compor as cestas básicas, destinadas às famílias assistidas pelo Santuário Basílica.
A devoção a Santo Antônio
A devoção a Santo Antônio é uma das mais conhecidas e praticadas no Brasil e no mundo. Ele é conhecido popularmente como “santo casamenteiro”. Porém, sua vida e obras deixam claro que ele foi muito mais. Foi o maior taumaturgo da história, tendo sido instrumento de Deus para operar mais de oitocentos milagres relatados durante sua vida. Após sua morte, o número chega aos milhões.
Além disso, Santo Antônio foi um dos maiores pregadores da história e recebeu o título de Doutor da Igreja por causa de seus escritos. É o protetor das mulheres estéreis, dos viajantes, dos pedreiros, dos pobres, dos padeiros, entre várias outras ocupações humanas. Também é intercessor quando precisamos encontrar alguma coisa perdida. Foi ainda homem de grande caridade para com os pobres e necessitados.
Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo, nome de batismo, nasceu em 1195, em Lisboa. Aos quinze anos ingressou na Ordem dos Agostinianos. Aos vinte e cinco anos, estando em Coimbra, recebeu a ordenação sacerdotal. Foi quando adotou o nome religioso de Antônio. Pouco tempo depois, conheceu a Ordem Franciscana e se apaixonou por ela. Nessa Ordem ele ingressou, sendo o primeiro sacerdote.
Ele conviveu com São Francisco de Assis e este o nomeou como pregador da Ordem, professor e Mestre de Noviços. Viveu seus últimos anos em Pádua, Itália. Por isso ficou conhecido como Santo Antônio de Pádua. Ali ele faleceu tendo apenas 36 anos.
Os milagres mais extraordinários de que se tem notícia foram realizados por intermédio de Santo Antônio. Entre muitos outros, ele “colou” o pé de um jovem que tinha sido decepado, foi transportando de Pádua a Lisboa onde inocentou seu pai de uma falsa acusação, fez um jumento faminto se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento ao invés de comer feno, para provar a presença de Jesus na Eucaristia, multiplicou os pães numa necessidade urgente, ressuscitou mortos, curou doenças, salvou vidas, pregou para os peixes e estes o ouviram e converteu milhares de pessoas com suas pregações arrebatadoras. Em homenagem este seu poder da Palavra, Deus preservou todo o seu aparelho fonador: língua, mandíbula e cordas vocais estão preservados na Basílica de Santo Antônio, em Pádua.
Por isso Santo Antônio se tornou tão popular no mundo inteiro. Em sua vida cumpre-se a profecia de Jesus que diz: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará as obras que eu faço, e as fará ainda maiores, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” João 14, 12-13.
A fama de casamenteiro fixou-se em Santo Antônio porque ele ajudou uma jovem noiva que queria se casar, mas sua família não tinha dinheiro para dar o dote, como era o costume na época. Santo Antônio a abençoou e lhe de um bilhete. Este bilhete era endereçado a um comerciante da cidade e pedia que ele desse à moça tantas moedas de prata quanto pesasse o papel do bilhete. O comerciante aceitou, sabendo que o papel não pesava nada. Porém, ao colocá-lo na balança, foram necessárias 400 moedas de prata para que a balança se equilibrasse. Então o comerciante se lembrou que devia 400 moedas a Santo Antônio. Ele deu o dinheiro à moça e ela se casou. Além disso, Santo Antônio aconselhou inúmeros casais evitando que se separassem.
Em 1995, a instituição Associação do Senhor Jesus realizou uma pesquisa que indicasse o santo favorito dos brasileiros. Foram entrevistadas 4 mil pessoas e 20% escolheram Santo António — o mais votado.
“Para alcançar uma graça:
Eu te saúdo, pai e protetor Santo Antônio! Intercede por mim junto a Nosso Senhor Jesus Cristo a fim de que ele me conceda a graça que desejo (mencionar a graça). Eu te peço, amado Santo Antônio, pela firme confiança que tenho em Deus a quem serviste fielmente. Eu te peço pelo amor do menino Jesus que carregastes em teu braço. Eu te peço por todos os favores que Deus te concedeu neste mundo, pelos inúmeros prodígios que Ele operou e continua operando diariamente por tua intercessão. Amém.”