Santo franciscano do dia 9 de abril: Bem-aventurado Tomás de Tolentino

Sacerdote e mártir da Primeira Ordem (1271-1321). Leão XIII aprovou seu culto no dia 23 de julho de 1894

Entre os missionários pioneiros que se empenharam em propagar o cristianismo no Extremo Oriente no começo do século XIV estava o franciscano Tomás de Tolentino, cuja memória é ainda venerada pelos fiéis da Índia, o país onde ele recebeu a coroa do martírio. Desde a época em que entrara na Ordem dos Frades Menores nos primeiros anos de sua juventude, Tomás era conhecido como um homem verdadeiramente apostólico, e quando o soberano da Armênia enviou mensageiros ao Ministro Geral dos minoritas, pedindo-lhes alguns sacerdotes para fortalecer a verdadeira religião em seu reino, Tomás foi escolhido para essa missão com mais quatro de seus irmãos de Ordem.

Seus trabalhos foram coroados de êxito, reconciliando muitos cismáticos e convertendo muitos infiéis. Entretanto,  achando-se a Armênia seriamente ameaçada pelos sarracenos, Tomás voltou à Europa, para solicitar ajuda junto ao Papa Nicolau IV e aos reis da Inglaterra e da França.

Embora voltasse à Armênia, como estava determinado, contudo, Tomás estendeu sua viagem até o interior da Pérsia. De novo foi chamado de volta ou enviado à Itália, desta vez, porém, com a finalidade de apresentar um informe ao Papa Clemente V, com vistas a estender sua atividade até à Tartária e à China. Sua embaixada resultou na nomeação de uma hierarquia eclesiástica que consistia em João de Montecorvino como arcebispo e legado papal para o Oriente, e sete franciscanos como seus sufragâneos.

Nesse meio tempo, o Beato Tomás voltara ao seu campo de trabalho, cheio de zelo pela conversão da Índia e da China. Parece que se dirigiu ao Ceilão e Catai, mas ventos contrários empurraram o navio para a Ilha Salsete, vizinha a Bombaim. Tomás foi capturado pelos sarracenos, com vários outros irmãos, e encarcerado. Depois de açoitado e exposto aos raios abrasadores do sol, o santo homem foi decapitado. O Beato Odorico de Pordenone recuperou depois o seu corpo e o trasladou para Xaitou. O seu culto foi aprovado em 1894.

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