
Um olhar sobre a dimensão da Igreja e sua atuação
Por Paulo Teixeira /Aleteia
Quando se fala em Igreja Católica chama a atenção logo a sua fundação que remonta há 2 mil anos atrás. Superou a queda do Império Romano no ocidente em 476 e vive mais do que o Império Romano do Oriente, Império Bizantino, que terminou em 1453.
Ao longo desses anos, lideraram a igreja 266 Papas. Em períodos complicados houve mais de um papa, sendo mais ou menos 40 os “antipapas”, os papas eleitos em duplicidade.
A sede dos papas sempre foi Roma, a cidade que teve Pedro como seu primeiro bispo e na qual “confluem como dois rios o sangue dos apóstolos Pedro e Paulo”. Mas houve momentos em que a corte papal foi levada para Avignon, no sul da França para ser controlada de perto pelo rei; também a bela Nápoles sediou a corte pontifícia quando o Papa Celestino V foi ludibriado pelos poderosos de sua época.
Em Roma, na colina vaticana está o túmulo de Pedro que é venerado por peregrinos de todo o mundo e adornado com a belíssima basílica em honra ao príncipe dos apóstolos; a catedral do Papa é a Basílica de São João de Latrão onde está a cabeça do apóstolo João; saindo da cidade antiga pela via ostiense está a Basílica de São Paulo, chamada de fora dos muros, por estar depois da cinta murada da cidade antiga. Lá foi sepultado o apóstolo Paulo após sua decapitação. Roma também tem uma quarta basílica papal, aquela dedicada a santa Maria Maior, o primeiro templo construído em honra da Virgem Maria.
Entre os anos 756 e 1870 o Papa liderava os Estados pontifícios. Era como se fosse um reino que abrangia Roma e outras quatro regiões. Com a unificação italiana foram anexados ao Reino da Itália até que, em 1929, foi assinado o Tratado de Latrão que garantiu a criação do estado da Cidade do Vaticano.
O Vaticano tem 44 hectares, ou seja 440 mil quilômetros quadrados. É o menor país do mundo. Conta com uma população de apenas 800 habitantes. Para ter uma ideia, cabem quatro vaticanos dentro do complexo esportivo do Maracanã. Existem shoppings na américa latina que são maiores.
O Papa Paulo VI discursou na Organização das Nações Unidas em 1965 e suas palavras dão uma dimensão adequada de como devemos ver a Igreja. A quantidade de Papas não é o fundamental, nem seu patrimônio e muito menos o espaço territorial. O Papa Paulo VI definiu como “minúscula e quase simbólica” sua soberania temporal. Ao mesmo tempo, destacou que “não se encontra dependente de nenhuma das soberanias deste mundo”. Como lider de um estado tão diminuto, o pontífice se ofereceu para a grande missão ensinada por Jesus e solicitou aos chefes de estados de “vos poder servir naquilo que cabe no âmbito da Nossa competência, com desinteresse, com humildade e amor”.
O Papa Paulo VI definiu a Igreja como especialista em humanidade e afirmou: “Fazemos também Nossa a voz dos pobres, dos deserdados, dos infelizes, dos que aspiram à justiça, à dignidade de viver, à liberdade, ao bem-estar e ao progresso”. Sob espanto dos presentes o Papa falou da importância de construir a paz e insistiu: “Se vós quereis ser irmãos, deixai cair as armas das vossas mãos. Não se pode amar com armas ofensivas nas mãos.”
Para os homens e mulheres de hoje a Igreja tem uma mensagem. Para as crianças e adolescentes, para os jovens e também idosos. A Igreja transmite o Evangelho pela sua vida. Tudo o que a Igreja tem está empenhado no serviço às pessoas em diversas paróquias, centros de saúde e instituições de ensino. Tudo o que a Igreja tem é a mensagem de Jesus para as pessoas de hoje.