
Pela oração do Rosário elevamos a Deus nosso louvor e manifestamos a confiança em Deus
Paulo Teixeira / Aleteia
A oração tem o poder de renovar o nosso coração, nos faz descansar em Deus, faz de nós sinais de Deus no mundo, nos desperta para a missão. É uma pena quando nossa oração deixa de ser necessidade e se transforma em obrigação ou algo social, de aparência.
Na oração do rosário, o “povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor… alcança graças em abundância, como se as recebesse das mesmas mãos da mãe do Redentor”.
Salvação
Em tempos difíceis da história da humanidade, especialmente durante a guerra fria, a Igreja pediu incansavelmente que os cristãos rezassem o rosário pedindo à Virgem Santíssima o dom da paz. O Papa Paulo VI, na carta encíclica Christi Matri Rosarii, de 15 de setembro de 1966, dizia aos fiéis: “Adensa-se o perigo de grave e dura calamidade que ameaça a família humana, pois, especialmente nas regiões da Ásia Oriental, combate-se com derramamento de sangue e lavra uma guerra cruel. Sentimo-nos, por isso, levados a empreender novamente e com maior insistência tudo o que está ao nosso alcance, para garantir a paz. Causam-nos, igualmente, preocupação as notícias do que, também em outras regiões do mundo, está acontecendo: corrida sempre maior aos armamentos nucleares, nacionalismos, racismos, movimentos revolucionários, forçada divisão dos cidadãos, criminosos atentados, morticínio de pessoas inocentes. Tudo isso pode ser a centelha de um flagelo”.
Confiança
Paulo VI dizia aos fiéis: “Uma vez que, aumentando os perigos, é preciso que aumente a piedade do povo de Deus, desejamos, veneráveis Irmãos, que, com vosso exemplo, com vossa exortação, com vosso estímulo, mais insistentemente se invoque a clementíssima mãe do Senhor, com a devoção do rosário. Esta oração, de fato, está ao alcance da mentalidade do povo; é muito agradável à virgem e eficacíssima para implorar os dons celestes”.
Com clara indicação, embora não expressamente, recomendou o Concílio Ecumênico a todos os filhos da Igreja, a oração do rosário, exortando “que estimem grandemente as práticas e devoções aprovadas pelo magistério através dos tempos” (LG, 67). Essa oração não só tem grandíssima eficácia em repelir os males e em afastar as calamidades, como demonstra claramente a história da Igreja, mas ainda nutre abundantemente a vida cristã, “antes de tudo, alimenta a fé católica com a meditação oportuna dos mistérios divinos e eleva a mente às verdades reveladas” (Pio XI, Ingravescentibus malis).