É São Lucas quem nos presenteia com a oração de Maria, conhecida como Magnificat. Nela se cumpre a união de Deus com toda a humanidade
Por Alberto Andrade / Redação A12
Mãe de Jesus e nossa Mãe, Maria é a mulher do silêncio e citada em poucas oportunidades na Bíblia, onde na verdade a sua presença amorosa fala mais do que qualquer palavra.
Nossa Senhora é relatada em poucos momentos nos Evangelhos, mais precisamente na infância de Jesus e em alguns momentos durante a missão de Cristo.
Muitos especialistas na Palavra de Deus confirmam que São Lucas foi o evangelista que mais relatou sobre a Virgem Maria, pela proximidade com sua família e ter escrito o evangelho através de um contato próximo. Ele nos mostra que Maria é Virgem, não apenas fisicamente, mas também psicológica e espiritualmente!
Ela é plenamente confiante em Deus, abandonada! A Virgem que se torna mãe do Salvador, serva obediente e silenciosa, suas palavras mais numerosas são um humilde canto de louvor a Deus e é São Lucas quem nos presenteia com a oração de Maria, conhecida como Magnificat. Nela se cumpre a união de Deus com toda a humanidade.
A Mãe de Deus nos ensina que o Todo-Poderoso rege o universo e acompanha com olhar de misericórdia o gênero humano, sobretudo, os que se deixam por Ele alcançar e buscam corresponder ao Seu amor misericordioso. No Magnificat, a nossa alma aprende a adorar a Deus em “espírito e em verdade” (Jo 4,23) e a encontrar n’Ele a razão única da nossa existência.
“Disse então Maria: ‘Minha alma engrandece o Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque Ele olhou para sua humilde serva; pois daqui em diante todas as gerações proclamarão que sou feliz!
Porque o Todo-Poderoso fez por mim grandes coisas e santo é seu nome. De geração em geração se estende sua misericórdia sobre aqueles que o temem. Demonstrou o poder de seu braço e dispersou os que pensam com soberba. Derrubou os poderosos de seus tronos e elevou os humildes.
Enriqueceu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu seu servo Israel, lembrando-se de sua misericórdia, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre’”. (Lc 1,46-55)