O desafio da comunicação e do comunicador fecundos foi tema de grande reflexão no E-com 2016

Encontro das Pastorais de Comunicação do Rio de Janeiro reúne centenas de pessoas na Arquidiocese do Estado para palestra e oficinas

Por Rachel Lopes / Fotos: Emilton Rocha (Pascom)

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Sábado (7/05) aconteceu mais uma edição do E-com, Encontro de Comunicação da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em celebração ao 50º Dia Mundial das Comunicações, com o tema “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”. O evento, que acontece anualmente, é realizado pela Arquidiocese e Pascom Rio e recebeu cerca de 200 representantes de Pastorais de Comunicação de todos os Vicariatos do Estado que participaram de uma palestra e oficinas, formato aplicado pelo segundo ano consecutivo e contou com a presença do Cardeal Orani Tempesta.

A palestra que abriu o evento foi ministrada pela irmã paulina, Joana Puntel, doutora em ciências da comunicação, que veio especialmente de Porto Alegre para transmitir a mensagem do Papa Francisco para este dia, cujo tema revela muito sobre o que é esperado da comunicação pastoral. “Precisamos entender que as palavras comunicação, misericórdia e fecundo estão totalmente relacionadas e como a comunicação aproxima e envolve, mas deve ser qualitativa, dar frutos e gerar vida. Ser verdadeiramente misericordiosa”, disse Joana.

Segundo Gustavo Kelly, secretário da Pascom Rio, em todo o Brasil, no mês das comunicações as pastorais realizam alguma ação para debater e refletir o tema que a Igreja propõe. “Hoje voltamos o olhar para a importância da comunicação dentro do âmbito da misericórdia” – afirmou.

O Cardeal Orani Tempesta também reforçou a mensagem do Papa que “uma boa comunicação leva à comunhão, passa a informação passa a integrar mais a Igreja e o outro” e atentou principalmente para três pontos: a importância do trabalho da comunicação paroquial e sua valorização; atuação dos comunicadores também em meios de comunicação que falam da Igreja Católica, intercedendo em prol da mensagem verdadeira e atenção aos dramas e temas que acontecem no mundo. O que converge com o documento feito pelo Santo Padre para o 50º Dia da Comunicação. “Como filhos de Deus, somos chamados a comunicar com todos, sem exclusão. Particularmente próprio da linguagem e das ações da Igreja é transmitir misericórdia, para tocar o coração das pessoas e sustentá-las no caminho rumo à plenitude daquela vida que Jesus Cristo, enviado pelo Pai, veio trazer a todos. Trata-se de acolher em nós mesmos e irradiar ao nosso redor o calor materno da Igreja, para que Jesus seja conhecido e amado; aquele calor que dá substância às palavras da fé e acende, na pregação e no testemunho, a «centelha» que os vivifica.

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A comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade. Como é bom ver pessoas esforçando-se por escolher cuidadosamente palavras e gestos para superar as incompreensões, curar a memória ferida e construir paz e harmonia. As palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos. E isto acontece tanto no ambiente físico como no digital”, escreveu o Pontífice em seu documento.

Quem também falou durante o evento foi Cônego Marcos William, Vigário Episcopal para Comunicação Social da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que reafirmou aos presentes a intenção do Papa com a comunicação. “O Papa Francisco volta a comunicação rudimentar, simples, com a utilização da palavra, do ouvir e estar aberto a isso e escutar, que difere pelo ato de sacrifício, um momento que abre-se mão das suas convicções para ouvir o outro com atenção e depois debater e chegar a pontos comuns”, afirmou ele.

O Cônego reforçou ainda a mensagem que “apensar das tecnologias, elas servirão para comunicação se o coração das pessoas que as usam estejam sãos”. O que demonstra a importância do comunicador fecundo que busca plantar frutos e amor por meio da comunicação.

Além de refletir sobre a mensagem de Francisco, os participantes também tiveram oficinas de fotografia, assessoria de imprensa, ética nas mídias sociais, impresso, web rádio e pascom paroquial, que demonstraram na teoria e prática o desafio de fazer uma comunicação fecunda – quando tem a força de Deus e como ser um comunicador fecundo, capaz de produzir mensagens de amor e que aproximem as pessoas.

Já no encerramento, o padre Marcio Queiroz afirmou que sem a vivência da espiritualidade é difícil fazer uma comunicação eficaz para orientar as pessoas em direção à misericórdia. O evento foi finalizado com sorteio de livros aos participantes e um grande coro com a oração da comunicação.

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