Francisco recordou que o Batismo é como um aniversário, exortando os pais a acompanharem seus filhos neste caminho que se inicia hoje, especialmente que os ensinem a rezar, pois “a oração lhes dará força ao longo de toda a vida”
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
Na Festa do Batismo de Jesus, a Capela Sistina acolheu a celebração da Santa Missa presidida pelo Papa Francisco, com o Batismo de 13 crianças, filhas de funcionários do Estado do Vaticano. O costume de batizar os filhos dos funcionários da Santa Sé foi instituído por São João Paulo em 11 de janeiro de 1981 com a Missa presidida na Capela Paulina do Palácio Apostólico. Em 1983, o Papa Wojtyła presidiu a Missa pela primeira vez com o rito do batismo de algumas crianças na Capela Sistina.
Logo no início da celebração, o Santo Padre fez aos pais as perguntas próprias do rito do Batismo. A seguir, cada casal aproximou-se do Papa que fez o sinal da cruz na testa de cada criança, gesto repetido pelos pais.
Em sua breve homilia, Francisco começou agradecendo aos pais por fazerem seus filhos “entrarem na Igreja”, destacando a beleza de um dia assim, que nos faz recordar do nosso Batismo, pois “nos esquecemos quando fomos batizados”:
É como um aniversário, porque o Batismo faz-nos renascer para a vida cristã. É por isso que vos aconselho a ensinar aos vossos filhos a data do Batismo, como um novo aniversário: que todos os anos se recordem e agradeçam a Deus por esta graça de se tornarem cristãos. E esta é uma tarefa que vos aconselho a fazer.
O Papa recordou então, que com o Batismo, os filhos estão iniciando um caminho, “mas cabe a vocês e aos padrinhos ajudá-los a continuar nesse caminho”:
Somos ensinados a rezar quando crianças. Mas é quando crianças que aprendem a rezar, pelo menos a fazer assim com as mãos, com os gestos… Mas como crianças aprendem a rezar, porque será a oração que lhes dará força ao longo de toda a vida: nos momentos bons para agradecer a Deus, e nos momentos ruins, para encontrar a força. É a primeira coisa que vocês devem fazer: rezar. E rezar também a Nossa Senhora, que é a Mãe: é a nossa Mãe.
Francisco observa que “quando alguém está zangado com o Senhor, ou se afastou, Nossa Senhora está sempre por perto para abrir caminho para que voltem. É um ditado: o Senhor está sempre perto de nós, mas Nossa Senhora é a mãe, e a mãe está sempre mais perto do que o pai. Sempre. Porque é assim. As mães são assim, e isso é grandioso. Que aprendam a ser cristãos.”
Até este momento da celebração, as crianças estavam tranquilas, o que não passou desapercebido do Santo Padre, que então deu algumas indicações aos pais, caso a situação se alterasse:
Agora estão todos calados, todos… – está bem – mas talvez alguém dê o pontapé inicial, começará. E (sic)como as crianças são sinfônicas, todas irão atrás dele. E deixem-nos gritar, deixem-nos chorar. Talvez alguém esteja chorando de fome: amamente-o. Com toda liberdade. O importante é que hoje esta celebração seja a festa, a festa do início de um belo caminho cristão, no qual vocês ajudarão os vossos filhos a seguirem em frente. Talvez algum esteja muito coberto e sinta calor: que se sinta confortável, que todos se sintam confortáveis. E nós festejamos com eles esse início de caminho. E cabe a vocês ajudar a caminhar, porque eu acabo aqui, mas vocês toda a vida! E obrigado por esta decisão de trazê-los para batizar.