Dezenas de crianças receberam a tradicional bênção; procissão com a imagem saiu da Basílica de São Sebastião para o encerramento no Santuário da Medalha Milagrosa
Por Emilton Rocha* / Fotos: Angela Zolhof
Com o tema tema “Maria, a primeira discípula: modelo de vida para os leigos”, o Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa realizou, no período de 18 a 26 de novembro, a sua tradicional novena dedicada à santa. Durante esse período, as missas foram celebradas diariamente às 7h e às 19h30, e o terço às 19h.
Na terça-feira, 27, dia do encerramento, centenas de pessoas participaram da Missa Solene de Nossa Senhora das Graças, com missas durante todo o dia. Às 15h, foi a vez das crianças. Muitas delas estiveram presentes para a Bênção das Crianças, concedida por Frei Paulo Roberto Gomes, de passagem pelo Rio para assumir nova missão em Itambacuri (MG). Logo após o casal Luiz Fernando Desterro e Terezinha Paulo Desterro coroou a imagem da santa.
Às 17h, a tradicional procissão saiu do Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos em direção ao Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, seguida de Missa Solene de encerramento, presidida pelo padre Geraldo Eustáquio Mol e participação do padre Luis Veras e padre Alex Sandro Reis (reitor do Santuário).
Quais são as mensagens da medalha milagrosa?
Em 1830, no dia 27 de novembro, deu-se a aparição de Maria a Santa Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, à Rue du Bac 140, em Paris. Nessa ocasião, a Mãe de Jesus mostrou o modelo da medalha que ela desejava fosse cunhada como sinal de grandes graças que ela obteria junto de seu Divino Filho.
Essa Medalha traz inúmeras mensagens, e a primeira delas é atinente a Imaculada Conceição de Maria, dogma que seria proclamado dia 8 de dezembro de 1854, por Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus. As mãos abertas da Medianeira de todas as graças é outra grande lição. É o resumo do papel da Virgem Maria na história da salvação, no Evangelho.
Adite-se a cruz de Cristo nela, sacrificado pelos homens, e Maria, exemplo de fé ao pé da cruz, representada pelo M de seu nome. O coração de Jesus e de Maria a atestar o amor imenso do Salvador e de Sua Mãe por todos os remidos. As doze estrelas lembram a mulher do Apocalipse (cf. Ap 12,1). Ela é aquela que deu nascimento ao corpo humano de Cristo e à Igreja, que dá nascimento aos batizados que formam o Corpo Místico de Jesus.
Como as 12 estrelas lembram também as 12 tribos de Israel e os doze apóstolos, a medalha milagrosa tem um aspecto também profundamente missionário. Adite-se que, no século XIX, imperava por toda parte a negação de Deus com o endeusamento da ciência, que pretendia responder a todas as questões religiosas e filosóficas.
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* Com colaboração de texto do Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
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