Jogos Olímpicos 2024 se aproximam e Papa insiste em pedido pela paz

The Eiffel Tower with the Olympic rings ahead of the Olympic Games Paris 2024 on 18 July 2024 in Paris, France - Photo Julien Biehler / DPPI Media / Panoramic

 

The Eiffel Tower with the Olympic rings ahead of the Olympic Games Paris 2024 on 18 July 2024 in Paris, France – Photo Julien Biehler / DPPI Media / Panoramic

Francisco desejou que evento seja uma oportunidade de harmonia fraterna para superar as diferenças e oposições, além de fortalecer a unidade da nação

Por Canção Nova

Na próxima sexta-feira, 26, até dia 11 de agosto, Paris sediará o maior evento esportivo do mundo: as olimpíadas. Na mensagem enviada ao arcebispo metropolitano da capital francesa, Dom Laurent Ulrich, Papa Francisco escreveu que os jogos “por sua própria natureza, são portadores de paz, não de guerra”. Na manhã desta sexta-feira, 19, Ulrich celebrou a “Missa pela Paz” de abertura da trégua olímpica na Igreja da Madalena, em Paris.

No texto, o Santo Padre demonstrou esperança e expectativa para os Jogos Olímpicos 2024 que, segundo ele, é uma oportunidade para “superar as diferenças e as oposições e fortalecer a unidade da nação”. “Uma oportunidade para derrubar os preconceitos, para promover a estima onde há desprezo e desconfiança, e a amizade onde há ódio”.

Trégua Olímpica 

A trégua é uma tradição antiga e que se faz muito necessária nos dias atuais marcados por conflitos. “Nestes tempos difíceis, em que a paz no mundo está seriamente ameaçada, espero fervorosamente que todos respeitem esta trégua na esperança de resolver os conflitos e restaurar a harmonia”, pontuou o Santo Padre. Com a declaração, ele reiterou um apelo já expresso no prefácio do livro “Jogos de Paz”, publicado pela Livraria Editoria Vaticana.

“Que Deus tenha piedade de nós!”, escreveu agora na mensagem ao arcebispo Ulrich. Que o Senhor “ilumine as consciências dos que estão no poder sobre as graves responsabilidades que lhes cabem, que conceda aos operadores de paz o sucesso em seus esforços e que os abençoe”.

Abrir as portas de igrejas, lares e corações 

Francisco invocou também os dons de Deus para todos aqueles que, como atletas ou espectadores, participarão do evento esportivo. Ele enviou seu apoio e bênção para aqueles que os receberão no país, “especialmente os fiéis de Paris e de outros lugares”.

Outro convite foi para que todos os participantes das olimpíadas vivam a união e a paz .“Sei que as comunidades cristãs estão se preparando para abrir as portas das suas igrejas, escolas e casas. Acima de tudo, que abram as portas dos seus corações, testemunhando o Cristo que habita neles e lhes comunica a sua alegria, através da gratuidade e da generosidade das suas boas-vindas a todos”,  desejou.

Superar diferenças e oposições  

A esperança do Pontífice é que a organização desses Jogos ofereça ao povo francês uma oportunidade de harmonia fraterna. Isso “permitirá superar as diferenças e as oposições e fortalecer a unidade da nação”.

Segundo Francisco, o esporte é uma linguagem universal que transcende as fronteiras, os idiomas, as raças, as nacionalidades e as religiões. Ele recordou que a prática tem a capacidade de unir as pessoas, de incentivar o diálogo e a aceitação mútua, além de estimular o desenvolvimento do espírito humano. O esporte, prosseguiu o Santo Padre,  incentiva as pessoas a se superarem, fomenta o espírito de sacrifício, encoraja a lealdade nas relações interpessoais e incentiva a reconhecer os próprios limites e o valor dos outros.

Encontro entre pessoas, mesmo as mais hostis 

Se forem realmente “jogos”, os Jogos Olímpicos podem ser realmente “um lugar excepcional de encontro entre os povos, mesmo os mais hostis”, frisou Francisco. O conhecido logotipo, com os cinco anéis entrelaçados, representam o “espírito de fraternidade” que deveria caracterizar o evento olímpico e a competição esportiva em geral.

Derrubar preconceitos e o ódio 

Concluindo sua mensagem, o Papa expressou o desejo de que os Jogos Olímpicos de Paris sejam uma oportunidade imperdível para que todos aqueles que vêm de todas as partes do mundo se descubram e se valorizem mutuamente, para derrubar preconceitos, para promover a estima onde há desprezo e desconfiança, e a amizade onde há ódio.

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