Cruz peregrina e ícone mariano desceram o rio Douro após serem entregues pelos jovens de Vila Real. A chegada ao Porto foi plena de emoção e alegria num acolhimento que superou as expectativas.
Rui Saraiva – Portugal
Pelo rio Douro abaixo, no sábado dia 1 de outubro, após a entrega feita pelos jovens de Vila Real, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) rumaram ao Porto numa viagem plena de emoção.
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A cruz peregrina e o ícone mariano “Salus Populi Romani” iam sendo saudados das margens por grupos organizados, que aguardavam a passagem dos símbolos. Um facto salientado pelo bispo do Porto aos jornalistas na chegada à cidade do Porto:
“Mas esta moldura humana que aqui, obviamente, é maior, encontramo-la também no caminho. Largas dezenas de grupos que nos saudaram. Emocionante! Com forças vivas de toda a ordem, carros de bombeiros, fogo de artifício, até ranchos folclóricos e bandas de música”, disse D. Manuel Linda.
Os símbolos da JMJ neste mês de outubro serão acolhidos nos 29 municípios da diocese do Porto organizada nas suas 22 vigararias, num percurso que se adivinha pleno de alegria e fé, tendo em conta o ambiente de simpatia e carinho que acolheu os símbolos na Ribeira do Porto, tal como sublinhou D. Américo Aguiar olhando a multidão à chegada ao Porto:
“Desde que a viagem começou na Régua fomos sendo surpreendidos pela simpatia, pelo carinho das populações ribeirinhas do Douro. E é o Porto, é o Porto! Ainda estamos emocionados com esta recepção, mas é o Porto. Não temos nada que nos surpreender! É o Porto”, declarou.
Um Porto de abrigo e de esperança que superou expectativas e revelou que os jovens estão disponíveis para se encontrarem com Cristo vivo, como salientou o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.
“Isto superou as expectativas. Isto também quer dizer que os jovens estão disponíveis a serem convidados para se encontrarem com Cristo vivo, como o Papa Francisco tanto pede. E, às vezes, a dificuldade é que a nossa linguagem não seja entendida por eles, ou nós não entendamos aquilo que eles estão a dizer. E quando as coisas se encontram nós vemos que os jovens aderem”, acrescentou.
Nas suas declarações aos jornalistas, D. Américo Aguiar sublinhou ainda que a peregrinação dos símbolos da JMJ em todo o Portugal, podem dar voz aos jovens e aos “gritos que nós temos que ouvir e ajudar”, frisou o bispo assinalando o verdadeiro “banho de juventude” que tem sido a passagem dos símbolos nas dioceses portuguesas:
“E tem sido um banho de juventude em todo o território nacional. Nas ilhas tenho com emoção a ida a Corvo e a populações muito pequeninas, mas que nos dão o testemunho forte de fé de esperança e de força de acreditar naquilo que o futuro pode ser com tantas dificuldades que nós vivemos: desde as pessoas que trabalham e o ordenado não permite viver com dignidade, desde os jovens que não podem definir o seu futuro de casar, de ter uma casa, de ter compromissos, porque economicamente não é possível, até aos estudantes universitários que começam o ano letivo e não têm residência. Ou seja, é tudo isto que são gritos que nós temos que ouvir e ajudar a concretizar os melhores sonhos para a vida de todos”, declarou D. Américo Aguiar.
“Cristo vive e é esta a notícia que deve ser conhecida em toda a diocese”, foi o que disse o bispo do Porto na vigília de oração que encheu o Terreiro da Sé do Porto na primeira noite dos símbolos da JMJ naquela diocese.
- Manuel Linda pediu aos jovens para olharem “os símbolos com ternura porque eles modificaram vidas”. “Nas vigararias fazei com que os outros jovens vejam estes símbolos”, disse ainda o bispo do Porto.
Os jovens acolheram estas palavras numa celebração que encheu de luz e cânticos a noite de sábado dia 1 de outubro, com uma multidão orante e participante e com grande entusiasmo, tal como revelou o jovem Fábio Sousa, na reportagem de Miguel Correia.
“Temos energia porque somos jovens seguidores de Jesus e gostamos deste entusiasmo. De viver Cristo desta forma, a dançar e a cantar”, disse.
Foi bem junto ao rio Douro na chegada dos símbolos da JMJ à diocese do Porto que o jovem Simão Francisco revelou a sua vontade de participar na Jornada de Lisboa.
“Vinha para ganhar vontade de vir à JMJ e cumpri o objetivo. Estou ainda mais motivado para o próximo ano. Vir aqui dá vontade de vir aos eventos seguintes”, confessou Simão Francisco, após a chegada do barco com a cruz peregrina e ícone mariano.
Os símbolos da JMJ vão ficar na diocese do Porto até ao próximo dia 30 de outubro quando serão entregues à diocese de Setúbal. Até lá, destacamos as celebrações dos domingos: no dia 9, em Oliveira de Azeméis, no Santuário de Nossa Senhora de La Sallete; no dia 16 em Penafiel, no Santuário de Nossa Senhora do Sameiro; no dia 23 em Santo Tirso, no Santuário de Nossa Senhora da Assunção. No dia 30 de outubro haverá uma celebração em Ermesinde, no Seminário do Bom Pastor.
A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em agosto de 2023.
Laudetur Iesus Christus