A ‘profissão dos noviços’ aconteceu em Teresópolis-RJ e reuniu frades do RJ/ES, MG e SP
Fonte: Capuchinhos do Brasil/CCB / Por Paulo Henrique
Teresópolis (RJ) – Nove noviços realizaram domingo, 19, na cidade de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, a sua primeira profissão. A celebração encerra a fase do noviciado, após um ano de formação. A missa aconteceu às 10h, na comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Noviciado Interprovincial São Leopoldo Mandic.
Às 8h da manhã já havia parentes dos pós-noviços no convento dos capuchinhos. Muitos vieram de longe, passaram a noite na estrada para participar da celebração histórica na vida dos nove frades – agora pós-noviços.
A celebração iniciou com a acolhida do mestre dos noviços, Frei Edcarlos Hofman. Para ele, o dia foi momento de celebrar as vocações religiosas e franciscano-capuchinha. Os cânticos litúrgicos e franciscanos, entoados pelas irmãs da Arca de Maria, músicos de Teresópolis e os frades capuchinhos de Minas Gerais, colaboraram para que a celebração fosse ainda mais marcante.
O domingo poderia ser classificado como ação concreta do Dia Mundial dos Pobres. Os nove jovens abriram mão de seus bens e de sua família, deixaram tudo para seguir Jesus a serviço do povo, sobretudo os mais necessitados. A vocação dos neo-professos se reflete no lema escolhido por eles: “abra suas mãos ao necessitado e estende suas mãos aos pobres”.
Amar a Deus e amar o outro. A vocação é dom de Deus
O Ministro Provincial dos Capuchinhos do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Frei Luiz Carlos Siqueira, fez a sua reflexão à luz do Evangelho de Mt 25,14-30. “Toda nossa vida deve estar centrada no amar a Deus e na atenção ao outro. Outra coisa fundamental é permanecer, começar é muito fácil mas permanecer é sempre um desafio”, disse. Segundo ele, outro desafio – já assumido pelos jovens – é aceitar o chamado de Deus à vida franciscana, sem medos, “vocês não podem esconder este dom que Deus lhes destes”, motivou o Provincial.
Talentos como armas que destroem uns aos outros
Segundo Frei Sebastião Lázaro, Ministro Provincial dos Capuchinhos de Minas Gerais, São Francisco percebeu que as pessoas usavam os talentos como armas que destruíam uns aos outros, e isso é arriscado até nos dias de hoje. Os talentos, se não cuidados, são usados para “aguçarmos a vaidade, disputarmos uns com os outros e nos tornarmos mais importantes que os demais”. Francisco vai na contramão disso, usou bem os seus talentos, questionou este estilo de vida e multiplicou dons. A profissão dos noviços de hoje é exemplo vivo disso, jovens que se sentem atraídos por esse estilo de vida.
Não tenham um coração divido
Frei Carlos Silva, Provincial dos Capuchinhos de São Paulo, leu um trecho da carta do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres, convocado para o dia onde os noviços professaram, onde é necessária a criação de uma cultura do encontro. “Cada encontro com Cristo transforma a nossa vida. Um dia vocês ouviram a voz Dele e deixaram seus pais e seu trabalho para vir ao encontro de Jesus”.
O Provincial reforçou a importância da convicção da vocação, “é preciso que vocês estejam inteiros nesse processo”, e reforçou, “não tenham um coração divido, a divisão não é de Deus.”
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