Ainda sabemos reconhecer o mal e o quanto ele nos machuca? 20 anos depois de seu lançamento, relembre o alerta por trás de “Constantine”
Por Beatriz Nery / A12 Redação
Em algum momento, você já deve ter se perguntado se o mal realmente caminha entre nós, estou certa?
Em 2005, o mundo conheceu “Constantine”, um filme dirigido por Francis Lawrence que mergulha em uma realidade invisível aos olhos, mas que para quem tem fé é mais próxima do que parece, a batalha entre o bem e o mal.
Vinte anos depois, o universo fantástico que o filme aborda, bem sombrio, ainda levanta uma pergunta incômoda: estamos atentos à guerra espiritual ao nosso redor?
“Pois não é contra sangue e carne que temos de lutar, mas contra as soberanias e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal que habitam os espaços celestes.” (Ef 6,12)
No filme, John Constantine (Keanu Reeves) enxerga demônios disfarçados de gente comum. Na vida real, não vemos seres com chifres e olhos vermelhos, mas sentimos a tentação, o peso da tristeza, o orgulho, o egoísmo e a dúvida. Esses modos de agir são como os sussurros do inimigo que não tem aparência monstruosa, mas sedutora, que deixam a atmosfera pesada e causam confusão e desentendimentos.
Diferente do protagonista do filme, que usa relíquias e rituais, o cristão combate com armas ensinadas por Jesus: “Esta espécie de demônio não se consegue expulsar senão pela oração”. (Mc 9,29)
Apesar de sua missão, Constantine não era santo e tinha atitudes duvidosas, mas mesmo assim, decide lutar pelo bem. Quantas vezes não somos assim? Frágeis, mas desejando o bem; feridos, mas ainda buscando a luz.
Deus não exige perfeição para entrar na batalha ao nosso lado, muito pelo contrário, Ele exige entrega total aos seus planos e sonhos para nós. E quando colocamos nossa vida em Suas mãos, Ele nos conduz mesmo pelas sombras que insistem em nos alcançar.
Reassistir com outros olhos
Vinte anos depois, vale a pena rever “Constantine”. Após assistir, faça uma breve reflexão e lembre-se de que há realidades que só se compreendem tendo fé!
Talvez Deus esteja te chamando hoje, como chamou tantos santos, a ficar de pé, em oração, por aqueles que não conseguem mais lutar!