Dom Paulo Cezar Costa é nomeado Bispo Diocesano de São Carlos

Diretor administrativo da JMJ Rio2013, ele destacou a Jornada como o ponto alto na evangelização

O Papa Francisco nomeou Dom Paulo Cezar Costa, até então Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Bispo Diocesano de São Carlos, Província Eclesiástica de Campinas (SP). Dom Paulo completará 49 anos em julho e foi ordenado Bispo em fevereiro de 2011.

Dom_Paulo_2___pq___Cpia_22062016070627

“São Sebastião do Rio de Janeiro, 22 de junho de 2016

Aos caríssimos Irmãos e irmãs da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Ao caríssimo irmão

D. Paulo Cezar Costa, Bispo nomeado de São Carlos

Paz!

Hoje é anunciada a nomeação de D. Paulo Cezar Costa como o novo Bispo Diocesano de São Carlos, no Estado de São Paulo, Regional Sul 1 da CNBB, Província Eclesiástica de Campinas.

A nossa Arquidiocese acolhe com carinho essa nomeação feita pelo Papa Francisco, transferindo o nosso irmão bispo, até agora nosso auxiliar e titular de Esco. D. Paulo, com 49 anos de idade a completar em 20 de julho, 24 de sacerdócio a 5 de dezembro e 5 de episcopado já comemorados no dia 5 de fevereiro, assume uma nova missão na Igreja.

D. Paulo optou por residir junto conosco nestes anos em que pudemos estar juntos, compartilhando as buscas e soluções para o nosso trabalho pastoral nesta grande cidade. Sua capacidade de estudos e seu trabalho de professor universitário nos ajudaram nestes anos de serviço apostólico. Foi grande sua missão durante a Jornada Mundial da Juventude, além de todos os trabalhos pastorais assumidos tanto na Arquidiocese, como no Regional Leste 1 e também na CNBB.

A missão na JMJ é um capítulo à parte e merece muitas considerações. Mas entre todas é justamente a conclusão que tiramos de todos os nossos trabalhos e lutas durante esse grande evento: vimos Deus agir. E para aqueles que viram por dentro todas as questões muito mais ainda. Muito obrigado, D. Paulo, pela sua unidade e partilha durante esse grande e belo momento em nossa Igreja, que comoveu não apenas os jovens, mas a todos de perto e de longe.

Os vicariatos que esteve acompanhando, assim como os demais trabalhos puderam sentir sua proximidade com as dificuldades e soluções das questões, e foi um membro participativo e opinativo de nossas reuniões de governo e de episcópio. Muito contribuiu com a nossa missão no pastoreio do Rio de Janeiro.

As iniciativas pastorais, educacionais e culturais, como o trabalho missionário e o pátio dos encontros foram algumas de suas marcas na colaboração da presença da Igreja na grande cidade.

A presença no Regional Leste 1 na comissão para os ministérios ordenados, OSIB e pastoral universitária marcaram sua presença na animação e incentivo desses trabalhos específicos.

Talvez uma missão não muito conhecida, mas de especial importância foi na área mais administrativa, com a presidência da comissão de recuperação do nosso patrimônio, acompanhamento da administração, economato e departamento jurídico da Arquidiocese.

D. Paulo Cezar Costa, muito obrigado, em nome de nossa Arquidiocese, pela sua dedicação, unidade, interesse e missão alegre.

Agora seus olhos se voltam para o centro do Estado de São Paulo, que tão bem conheço, pois minhas origens estão ali próximas, na Diocese de São João da Boa Vista, e pela missão que desempenhei na Diocese de São José do Rio Preto, que, antes da criação da Diocese de Catanduva, fazia limite com São Carlos. Ali foi minha passagem de muitas viagens tanto para o sudoeste de São Paulo na época da vida monástica, assim como para a capital, na época do bispado de Rio Preto.

Será o 7º Bispo Diocesano de São Carlos nestes 108 anos de criação da Diocese. Ela foi criada por um santo: São Pio X! Leva o nome de outro grande santo, que marcou a história da Igreja: São Carlos Borromeu. Terá uma bela e importante missão como bom pastor do povo que lhe está sendo entregue, juntamente com os padres, diáconos, religiosos, religiosas, seminaristas, consagrados, consagradas e, em especial, os cristãos leigos e leigas que levam adiante com entusiasmo a vida como Igreja que anuncia a misericórdia do Senhor.

Irá iniciar a sua vida de Bispo Diocesano dentro do Ano da Misericórdia, jubileu extraordinário proclamado pelo Papa Francisco e que tanto bem tem feito à Igreja. Que seja também sua missão assim marcada por essa experiência misericordiosa.

Tenha certeza de que nós o acompanharemos com nossas orações e unidade. Estou convicto de que sempre saberá encontrar aqui em nossa casa o seu lugar de irmão querido, e que sempre se sentirá em sua casa e sua família. Como o senhor conhece a nossa realidade, peço que reze por nós e por nossas necessidades.

Tenho plena convicção de que o Senhor conduz a História, e, assim como nos conduziu até aqui, irá conduzi-lo em seus novos caminhos.

Que o Senhor o sustente, ilumine, conduza, guarde, proteja e lhe dê a sabedoria necessária para servir ao seu povo com alegria, e conduzir a todos pelo caminho da santidade.

Orani João Tempesta, O. Cist.

Carta de Dom Paulo Cezar Costa aos diocesanos e amigos de São Carlos

Em primeiro lugar, saúdo Dom Airton José dos Santos, nosso metropolita e administrador Apostólico. A ele agradeço todas as forças dedicadas á nossa Igreja de São Carlos e manifesto minha comunhão.

Meus caros Diocesanos de São Carlos,

Ainda não vos conheço, mas um primeiro e grande vínculo já nos une, aquele de irmãos e irmãs no belo e envolvente caminho da Fé. Neste caminho, a Igreja, neste ano da Misericórdia, me pediu algo mais, ser também vosso bispo. Exercer este ministério para vocês, é uma grande responsabilidade, mas o assumo na confiança Naquele que me chamou, o Pastor Bom – Belo e Misericordioso.

Tenho certeza que entro numa Igreja que possui um grande tradição, uma história e uma caminhada. Entro com a disposição de vos conhecer, amar e doar o melhor das minhas forças para que Jesus Cristo possa ai ser mais conhecido, testemunhado e amado. Inicia-se, como dizia papa Francisco, na sacada da Basílica de São Pedro, no dia da sua eleição: “E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo… Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”. É nesta interação bonita, onde cada um, na missão que lhe é própria, dá o melhor de si, que a Igreja cresce e cumpre com beleza a sua missão de anunciar e testemunhar Jesus Cristo. Vocês já fazem parte das minhas orações, já entraram no meu coração de pastor.

Venho de uma experiência muito rica de 5 anos e 5 meses como bispo auxiliar do amado cardeal Orani João Tempesta, meu pai no episcopado, na grande cidade do Rio de Janeiro. Experiência rica, onde sobre a guia do nosso cardeal, enfrentamos grandes desafios e construímos grandes projetos, desde a Jornada Mundial da Juventude, o Pátio dos Encontros, a animação dos Vicariatos Suburbano e Oeste, a dimensão missionária, o acompanhamento da Nossa Universidade Católica (PUC-Rio), da qual sou professor no Departamento de Teologia, Pastoral da Cultura, Pastoral Universitária, Pastoral da Educação e Escolas Católicas, o acompanhamento da Administração da Arquidiocese, o seminário São José, no qual fui professor, etc. Onde o cardeal Orani J. Tempesta nos permite trabalhar, se doar e fazê-lo com alegria. Por toda essa riqueza, só tenho que agradecer a Deus, ao nosso cardeal, aos meus irmãos bispos auxiliares, aos padres, diáconos, seminaristas e ao bom povo Carioca.

Iniciarei esta nova missão com o desejo de contar com todas as forças vivas desta grande Igreja de São Carlos, presente nos seus diversos municípios: os padres, meus primeiros colaboradores, com os quais contarei totalmente para levarmos adiante a missão Evangelizadora da Igreja; os religiosos e religiosas, diáconos, seminaristas, os leigos (as) que possuem uma missão bonita no anúncio e testemunho de Jesus Cristo. Espero contar e trabalhar construindo uma comunhão rica com todas as forças vivas desta nossa Igreja de São Carlos. Já tinha uma ligação especial com São Carlos Borromeu, pois Dom Orani João Tempesta, me chamou para comunicar da minha nomeação episcopal, pelo papa Bento XVI, na festa de São Carlos, dia 4 de novembro de 2010.

Espero estabelecer com todos os setores da sociedade um diálogo profícuo e respeitoso. Papa Francisco quando visitou o Rio de Janeiro, propôs a Cultura do Encontro. Diz ele: “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo no povo, porque todos somos povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: a cultura popular, a cultura universitária, a cultura juvenil, a cultura artística e a cultura tecnológica, a cultura econômica e a cultura da família, e a cultura da mídia. … É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que permaneça fechada na pura lógica ou no mero equilíbrio de representação de interesses constituídos”. Creio, na Cultura do Encontro, onde através do diálogo dos diversos atores da vida de uma sociedade se constrói grandes projetos, se resolvem problemas, se edifica o bem comum e todos ganham.

Aos meus irmãos bispos do Regional Sul I, manifesto o meu desejo de trabalhar em comunhão e criar fraternidade episcopal para que através do nosso viver, possamos testemunhar o Cristo que servimos e amamos.

Peço que me esperem numa atitude de profunda oração, pois nela, tocamos o mistério do Amor de Deus. Quero realizar convosco e para vocês unicamente a vontade de Deus. O Senhor, que um dia pediu a Abraão, nosso pai na Fé, que partisse, hoje pede a mim. Partirei do Rio para São Carlos numa dimensão de Fé. Numa atitude de escuta orante e de abertura, conseguiremos realizar o projeto que Deus tem para nossa Igreja e para cada pessoa.

Meu abraço fraterno e Minha benção apostólica,

Dom Paulo Cezar Costa” 

Fonte: Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Artigo anteriorPapa concede título de Basílica Menor ao Santuário da Penha
Próximo artigoO que são Foranias? Vicariatos? Dioceses? Você sabe?