O religioso morreu como vivera , respeitando o voto de pobreza de irmão menor
Por Manoel Tavares / Foto: Emilton Rocha
A missa arquidiocesana de 7º Dia pela alma de Dom Paulo Evaristo Arns falecido aos 95 anos no último dia 14, aconteceu na quarta-feira, 21 de dezembro, às 18 horas, no Santuário Basílica de São Sebastião Frades Capuchinhos, presidida pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, concelebrada por Padre Claudio dos Santos, Vigário Episcopal do Vicariato Norte, Frei Arles Dias de Jesus, Pároco da Basílica e Frei Serafim.
A Basílica foi escolhida tendo em vista o Cardeal Arns pertencer à Ordem dos Franciscanos e o Cardeal Dom Orani desejar prestar esta homenagem juntamente com a comunidade e os frades menores.
Foram dirigidas palavras muito bonitas no momento da homilia. Dom Orani lembrou que Dom Evaristo Arns deixou uma carta escrita em forma de testamento. Nela falava não possuir nenhum bem material, mas se os tivesse deixaria para a organização de assistência aos padres idosos e doentes da Arquidiocese de São Paulo. Morreu como vivera, respeitando o voto de pobreza de irmão menor. Ao recordar seus atos heroicos foi lembrado que ele não os fazia por motivos políticos, mas muito mais por ver nos presos a figura de um irmão, a figura do próprio Cristo sofredor.
O trabalho pastoral de Arns foi voltado principalmente para os habitantes da periferia, aos trabalhadores, à formação de comunidades eclesiais de base e defesa e dos direitos humanos. Dom Paulo Evaristo Arns ingressou na ordem franciscana. Foi ordenado presbítero. Foi indicado bispo auxiliar de dom Agnelo Rossi, em São Paulo. Posteriormente foi nomeado arcebispo de São Paulo.
Que nos sirva de modelo de atitude cristã. Assim, cheia de comoção foi realizada esta tão bonita celebração de presença. Tristeza sim, desesperança jamais!