“Estamos trabalhando para um retorno possível, mas enquanto isso não acontece, manteremos tudo como está” (Dom Orani Tempesta)
Cláudia Brito de Albuquerque e Sá / ACI Digital
No mês de junho, as paróquias do Rio de Janeiro devem receber as regras sanitárias para a reabertura dos templos religiosos. A notícia foi dada nesta terça-feira, 26, após a reunião do arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani João Tempesta, com os bispos auxiliares e vigários episcopais. Apesar da previsão de retorno estar mais próxima, a reabertura das igrejas e o retorno das missas presenciais ainda não tem data marcada para acontecer.
“Tivemos a oportunidade de dar encaminhamento aos protocolos que já temos trabalhado há algumas semanas, sobre tudo o que será necessário para o retorno às celebrações presenciais nas paróquias. Quando chegar o momento e a pandemia tomar outro rumo poderemos voltar”, disse o cardeal.
Os fiéis aguardavam com atenção o posicionamento da arquidiocese em função do decreto do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, oficializando a abertura e o “funcionamento de templos religiosos de qualquer natureza, durante a pandemia decorrente do novo coronavirus – COVID – 19”. Publicado em Diário Oficial nesta segunda-feira, 25, o Decreto no 47461, considera “que as organizações religiosas têm sofrido interferências e embaraços indevidos em seu funcionamento, praticados por ações equivocadas de agentes públicos”.
O decreto municipal garante o funcionamento de templos religiosos de qualquer natureza, para realização de cultos, sendo observadas as já conhecidas prescrições sanitárias para evitar o contágio. Entre as medidas, estão: uso de máscara facial, disponibilização de álcool gel 70% e distanciamento mínimo de dois metros entre os presentes. Continua não indicada a participação presencial das pessoas que fazem parte do grupo de risco.
Segundo Dom Orani, durante a reunião, foram relatadas as experiências de pessoas que se capacitaram para a higienização das igrejas.
“O texto de orientação para toda a arquidiocese será finalizado e enviado às paróquias para que se preparem: capacitando as pessoas, treinando e adquirindo o material necessário para a higienização. Estamos trabalhando para um retorno possível, mas enquanto isso não acontece, manteremos tudo como está. Por enquanto, levemos adiante a caminhada como temos feito até agora”, afirmou o arcebispo do Rio.