Dia Mundial da Paz de 2024: Papa pede diálogo aberto sobre impacto da inteligência artificial

“Inteligências Artificiais e Paz”: esse é o tema escolhido por Francisco, divulgado na manhã desta terça (8) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. O Papa pede “um diálogo aberto sobre o significado dessas novas tecnologias” e de se trabalhar de “”orma responsável” ao se produzir e usar esses dispositivos para estar “a serviço da humanidade e pela proteção da casa comum”.

De Francisco vem o pedido de se trabalhar de forma responsável e ética na Inteligência Artificial (AI) (REUTERS)

Andressa Collet – Vatican News

O Papa Francisco já escolheu o tema para o Dia Mundial da Paz de 2024, celebrado em 1º de janeiro: “Inteligências Artificiais e Paz”. O argumento foi divulgado nesta terça-feira (8) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral através de um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé. O notável progresso feito no campo da inteligência artificial tem um impacto cada vez mais profundo na atividade humana, na vida pessoal e social, na política e na economia.

Segundo o Dicastério, o Papa Francisco pede “um diálogo aberto sobre o significado dessas novas tecnologias, dotadas de potencial disruptivo e de efeitos ambivalentes”. O Pontífice ainda lembra a necessidade de se estar vigilante e de se trabalhar para garantir que “uma lógica de violência e de discriminação” não estejam vinculadas ao se produzir e se usar esses dispositivos, em detrimento dos mais frágeis e excluídos:

“Injustiça e desigualdades alimentam conflitos e antagonismos. A urgência de orientar a concepção e o uso das inteligências artificiais de forma responsável, para que estejam a serviço da humanidade e da proteção da nossa casa comum, exige que a reflexão ética seja estendida no âmbito da educação e do direito.”

Ao divulgar a inteligência artificial como tema de reflexão para o Dia Mundial da Paz de 2024, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral ainda destaca a importância de se “proteger a dignidade da pessoa e o cuidado de uma fraternidade verdadeiramente aberta a toda a família humana” como condições indispensáveis para que o desenvolvimento tecnológico contribua para a promoção da justiça e da paz no mundo.

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