Brasileiros são o maior grupo de estrangeiros na JMJ

Treze mil brasileiros, além de 30 bispos, estão participando do grande evento religioso

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Por Jovens Conectados

Treze mil brasileiros estão em Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude, segundo levantamento divulgado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, baseado nas estatísticas do evento. A participação é a maior entre os estrangeiros no evento que reúne católicos do mundo inteiro.

Segundo o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha, a grande presença surpreende. “Claro que devemos também considerar que a Jornada no Rio de Janeiro teve um fator importante, mas devemos também reconhecer que os jovens fizeram seus esforços para estar aqui”, avalia.

O total de peregrinos no evento é de cerca de um milhão, contados na cerimônia de acolhida ao papa Francisco, nesta sexta-feira, quando Francisco dirigiu suas palavras à multidão de jovens durante a Via Sacra. Em seu discurso, o papa lembrou que os jovens são os que têm a determinação e a coragem para mudar o mundo.

O papa Francisco também lembrou que a misericórdia tem um rosto jovem. “Um coração misericordioso não se deixa levar pela comodidade; sabe ir ao encontro dos outros e abraçar a todos; sabe ser refúgio, acolhedor é capaz de compaixão; sabe partilhar o pão com o faminto; sabe receber o refugiado e o migrante. Misericórdia significa oportunidade, futuro, compromisso, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão, sonhos”, afirmou.

Lucas Hoffmann, de Jundiaí (SP), considerou decisivas as palavras do papa. “Vamos repensar e vamos praticar as obras de misericórdia como ele nos pediu, porque quem não vive para servir não serve para viver, como o papa disse”.

Bispos brasileiros

O Brasil tem 30 bispos em Cracóvia. De quarta a sexta-feira, eles ministraram catequeses aos jovens de países de língua portuguesa. Os temas eram ligados à misericórdia: “este é o tempo da misericórdia”, “deixar-se tocar pela misericórdia de Cristo” e “Senhor, fazei de mim um instrumento da sua misericórdia”.

O presidente da CNBB disse estar agradecido a Deus pelas catequeses. “O fato de haver pessoas de várias nacionalidades juntas mostra que queremos falar essa linguagem comum que é da fé em Cristo, da misericórdia que Deus nos ensinou a viver”, diz.

Leide Laura, de Planaltina (GO), considera que as catequeses são a segunda parte mais importante da Jornada. Para Agda Sofia, de Cabo Verde, as três catequeses foram importantes. “Aprendemos muito sobre a misericórdia de Deus – Ele está sempre de braços abertos para nos acolher. Essa jornada tem sido fantástica, de diversas formas temos sentido amor de Deus”, avalia.

Nesta sexta-feira, Francisco visitou também os campos de concentração de Auschwitz, onde mais de um milhão de pessoas foram mortas durante a Segunda Guerra Mundial. No próximo sábado, será a Vigília que termina com a missa de encerramento da JMJ.

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