Mostra acontece nos dias 4, 5 e 6 de novembro no Espaço Capuchinhos, Salão Frei Nemésio
Comemorando o 1º aniversário da elevação da Igreja dos Capuchinhos a Basílica Menor, será realizada a exposição de peças e imagens sacras do antigo Morro do Castelo, intitulada “A igreja desce mas não desaparece”, nos dias 4, 5 e 6 de novembro, no Espaço Capuchinhos, Salão Frei Nemésio. Ainda no dia 6 será comemorado o 1º aniversário da Basílica. Em todas as missas haverá a indulgência – é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições pela ação da Igreja que, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.
Pequena história do Morro do Castelo
Em 1567, dois anos após sua fundação, o núcleo inicial de povoamento da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi transferido do Morro Cara de Cão na Urca, para o alto do morro do Castelo. A escolha do local seguia razões de segurança. Do alto do morro era possível avistar grande parte da baía de Guanabara e o movimento de entrada e saída de navios facilitando a defesa do povoado. Além disso, no alto do morro era mais fresco e ainda havia a disponibilidade de uma nascente com água potável que abastecia a pequena população que aí se estabeleceu. Em volta de toda base do morro foi construída uma cerca fechada com quatro portões onde ficavam as sentinelas. O morro também era cercado por lagoas e manguezais o que garantia a segurança, dificultando o acesso aos piratas franceses ou as populações nativas hostis.
O local, que no início da ocupação da cidade era endereço privilegiado, aos poucos foi perdendo prestígio e chegou ao início do século XX já decadente e desvalorizado. Em 1922 o então prefeito Carlos Sampaio manda demolir o morro. Foram muitos os motivos que levaram a demolição. Diziam que o morro prejudicava a ventilação das áreas centrais da cidade além do fato, de abrigar uma grande população miserável vivendo bem no meio de uma área remodelada, urbanizada e altamente valorizada. As condições precárias de moradia e higiene faziam do local foco de doenças de todos os tipos que daí se irradiavam para o restante da cidade.
Em 1922 o morro foi demolido utilizando tecnologia das mais avançadas para a época como o uso de jatos d’água impulsionadas por máquinas movidas a motores elétricos ou a vapor.
Em 1922 o espaço já aplainado abrigou a exposição comemorativa do centenário da independência do Brasil. observe a pequena igrejinha de santa Luzia que resistiu a todas as mudanças na região.
Abriu-se então, um novo espaço dentro da cidade para implantação de inúmeras ruas como a Graça Aranha e construção de muitos prédios imponentes como os do Ministério do Trabalho e o da Educação e Cultura.
A Igreja de São Sebastião e o Morro do Castelo
A Igreja de São Sebastião, situada na Tijuca, Rio de Janeiro, foi inaugurada em 15 de agosto de 1931. Ela sucede a antiga Igreja do Morro do Castelo, edificada em 1567, e reconstruída por Salvador de Sá em 1583. Para este local foram transportados o que chamamos de “Relíquias Históricas da Cidade”: os restos mortais do fundador da cidade do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, morto em 1567; o marco zero (português) da cidade fundada em 1565, e a pequena imagem de São Sebastião, de 1563.
Em 1842, a Igreja de São Sebastião do Castelo foi entregue aos cuidados dos frades capuchinhos. Esta igreja sobreviveu até 1922, quando foi demolida juntamente com o Morro do Castelo. Embora com isso o Rio de Janeiro tenha perdido uma das partes mais significativas de sua história antiga, muitas coisas foram conservadas e transferidas para a Igreja de São Sebastião na Tijuca.
A atual Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos foi elevada a Paróquia em 9 de janeiro de 1947 pelo Cardeal Arcebispo, Dom Jaime de Barros Câmara. No dia 8 de junho, instalou-se a nova paróquia de São Sebastião do Antigo Morro do Castelo, tendo como primeiro pároco o Frei Jacinto de Palazzolo, Ofmcap. Foi conservada aos capuchinhos a guardiania das “Relíquias Históricas da Cidade do Rio de Janeiro”. Em 1º de novembro de 2015, em uma bela cerimônia, a Paróquia foi elevada a Santuário Basílica Menor de São Sebastião pelo Papa Francisco. (Com texto da Wikipedia e Arquidicese de São Sebastião / Fotos: Google)
►EXPOSIÇÃO DE PEÇAS E IMAGENS SACRAS DO ANTIGO MORRO DO CASTELO
Dias: 4, 6 e 6 de novembro
Horários: dia 4: das 8h às 12h e das 14h às 18h;
Dia 5: das 9h às 12h e das 14h às 19h); e
Dia 6: das 8h às 14h e das 16h às 21h
Local: Santuário Basílica de São Sebastião – Frades Capuchinhos
Endereço: Rua Haddock Lobo, 266 – Tijuca
Informações: 2204-7900 (opção 3)