
A Basílica de Santa Maria Maior não é apenas um marco arquitetônico; é um centro de fé e devoção que mantém uma ligação especial com o Papa Francisco e outros santos importantes, como Santo Inácio de Loyola. Sua história rica e a profunda espiritualidade que emana de suas paredes fazem dela um verdadeiro tesouro da Igreja Católica.
Cibele Battistini / Aleteia
A Basílica de Santa Maria Maior não é apenas um marco arquitetônico; é um centro de fé e devoção que mantém uma ligação especial com o Papa Francisco e outros santos importantes, como Santo Inácio de Loyola. Sua história rica e a profunda espiritualidade que emana de suas paredes fazem dela um verdadeiro tesouro da Igreja Católica.
Basílica de Santa Maria Maior, conhecida como “Basilica di Santa Maria Maggiore”, é uma das quatro basílicas papais de Roma e um dos mais importantes santuários marianos do mundo. Com uma rica história que remonta ao século IV, a basílica é admirada não apenas por sua arquitetura monumental, mas também por sua profunda espiritualidade e significados históricos.
História e Arquitetura
A Basílica foi construída entre 432 e 440 d.C. pelo Papa Sisto III, em memória do Concílio de Éfeso, que reconheceu Maria como Mãe de Deus. Ao longo dos séculos, passou por várias reformas e embelezamentos, incluindo a adição do esplêndido átrio e da imponente fachada no século XVIII.
Sobretudo, o interior da Basílica é uma expressão magnífica do estilo barroco, apresentando colunas de mármore, mosaicos originais e um teto de madeira entalhado folheado a ouro. A luz que entra pelas janelas cria um ambiente sereno e contemplativo, perfeito para a oração e a reflexão.
A Devoção do Papa Francisco
A relação do Papa Francisco com a Basílica de Santa Maria Maior é notável. Sua primeira visita como Papa ocorreu no dia 15 de março de 2013, logo após sua escolha. Ele se dirigiu à basílica para agradecer a Nossa Senhora por sua eleição, demonstrando desde o início sua profunda devoção à Virgem Maria.
Francisco também faz questão de visitar Santa Maria Maior sempre que retorna de uma viagem apostólica. Durante essas visitas, ele reza e confia seus esforços missionários à proteção da Mãe de Deus. Por exemplo, em 8 de setembro de 2019, após uma viagem à África, o Papa fez uma visita à Basílica para agradecer pela proteção durante sua jornada.
Oração pelo Fim da Pandemia
Em um momento extremamente significativo, em 2020, o Papa Francisco realizou uma oração especial na Basílica de Santa Maria Maior pedindo a intercessão de Maria para o fim da pandemia de COVID-19. Esse evento ocorreu em 15 de março, onde o Papa invocou a proteção da Mãe para toda a humanidade, revelando sua capacidade pastoral e sua sensibilidade às necessidades do povo.
Última Visita
A última visita do Papa Francisco à Basílica ocorreu em abril de 2025, logo após um período de 38 dias de internação no Hospital Gemelli. Saindo do hospital, ele fez questão de visitar a Basílica antes de se dirigir a Santa Marta, demonstrando sua gratidão e devoção, mesmo em momentos de fragilidade.
A Primeira Missa de Santo Inácio de Loyola
Outro momento significante relacionado à Basílica de Santa Maria Maior é a celebração da primeira missa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, também conhecidos como jesuítas. Santo Inácio celebrou sua primeira missa na Basílica em 1538, um ato espiritual que se ligava à sua profunda devoção mariana. Este evento é celebrado anualmente, lembrando a importância da Basílica como um lugar de formação espiritual para os jesuítas e um local onde a devoção à Virgem Maria foi central em suas vidas. A fonte sobre esse evento pode ser encontrada no site da Companhia de Jesus (Jesuits.org).
A Imagem da Ícone de Maria na Capela Paolina
No coração da Basílica, a Capela Paolina abriga uma das mais veneradas imagens da Virgem Maria, conhecida como “Salus Populi Romani” (Salvação do Povo Romano). A icônica imagem é uma representação da Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços e é considerada uma das mais antigas de Roma.
A obra, datada provavelmente do século V, é notável por seu estilo muito simples e ao mesmo tempo profundamente expressivo. Maria é representada com um semblante sereno e maternal, enquanto o Menino Jesus olha para ela com um olhar de ternura. A tela foi pintada em um estilo que idealiza uma ligação íntima entre mãe e filho, evocando a proteção e o amor divinos.
A Capela Paolina é adornada com ricas decorações e é um local de oração e adoração, onde milhares de devotos se reúnem para apresentar suas súplicas e agradecimentos a Maria. Todos os anos, em 1º de janeiro, a imagem é retirada de seu local e levada em procissão, um verdadeiro testemunho da devoção popular que a Nossa Senhora goza.
As visitas e as orações do Papa à Virgem Maria ali realizadas, Basílica de Santa Maria Maior, assim como a celebração de Santo Inácio, evocam a bondade, a esperança e o chamado à renovação espiritual — características que sempre o acompanharam em seu ministério.