Jesus conheceu grandes alegrias, mas também enfrentou a cólera e a tristeza
Aleteia / Philip Kosloski
No Novo Testamento, há três episódios em que Jesus derrama lágrimas. Provavelmente, não são os únicos momentos em que ele chorou, mas são estas as ocasiões em que ficam evidentes as coisas que tocam o coração dele.
1. Jesus chora ao ver a angústia daqueles que Ele ama
“Quando, porém, Maria chegou onde Jesus estava e o viu, lançou-se aos seus pés e disse-lhe: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido! Ao vê-la chorar assim, como também todos os judeus que a acompanhavam, Jesus ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção, perguntou: Onde o pusestes? Responderam-lhe: Senhor, vinde ver. Jesus pôs-se a chorar. Observaram por isso os judeus: Vede como ele o amava!” (João 11,32-36).
Durante este episódio, Jesus chora depois de ver o cadáver de um amigo próximo: Lázaro. As lágrimas nos relembram o amor que Deus tem para conosco. Elas nos mostram como Jesus sofre ao nos ver sofrer. Ele deixa transparecer sua verdadeira compaixão e chora diante da dor de seus amigos. Mas Cristo, luz das trevas, transforma a lágrima de tristeza em lágrima de alegria, ressuscitando Lázaro.
2. Jesus chora ao ver os pecados da humanidade
“Aproximando-se ainda mais, Jesus contemplou Jerusalém e chorou sobre ela, dizendo: Oh! Se também tu, ao menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz!… Mas não, isso está oculto aos teus olhos” (Lucas 19, 41-42).
Quando Jesus avista Jerusalém, começa a chorar. Ele vê os pecados passados e futuros das pessoas e seu coração se rompe.
Deus, nosso Pai amoroso, se entristece quando vê que estamos nos distanciando dele.
No entanto, muito frequentemente, abandonamos o Seu amor e seguimos nossos próprios caminhos. Nossos pecados fazem Jesus chorar. Mas, felizmente, seus braços estão sempre abertos para nos receber quando voltamos para Ele.
3. Jesus chora antes da crucificação
“Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade” (Hebreus 5,7).
Segundo registra a Carta aos Hebreus, as lágrimas vieram juntamente com uma veemente súplica a Deus.
Claro, não precisamos chorar para que o Senhor nos ouça. Mas, neste fragmento, fica transparente que Ele é sensível aos nossos “corações arrependidos”.
Ele quer que nossas orações sejam uma expressão daquilo que somos em nossa profundidade, não superficialmente. Assim, a oração deve abranger todo o nosso ser e se alimentar de nossas emoções, permitindo que Deus penetre em todos os aspectos de nossas vidas.