Conheça a história de fé e devoção que motivou um empresário a construir um dos maiores santuários do mundo e doá-lo à Igreja Católica
Aleteia / Ricardo Sanches
Natural de Cássia, cidade de 18 mil habitantes no sul de Minas Gerais, Paulo Flávio de Melo Carvalho tem 74 anos e é um empreendedor bem-sucedido. Possui empresas no setor imobiliário, farmacêutico e de embalagens, com atuação em vários estados do Brasil e até fora do país.
Em entrevista à imprensa local, o empresário revelou que é muito devoto de Santa Rita de Cássia – uma devoção que ele herdou da mãe. Disse ele:
“A minha mãe era muito devota de Santa Rita, rezava o terço e virou uma grande amiga de Santa Rita. Eu a admirava por essa devoção. Então, eu fui me acostumando com aquilo e Santa Rita virou a minha santa preferida, ao lado de Nossa Senhora Aparecida e Jesus”.
E foi de uma promessa (que o empresário chama de “troca”) que surgiu a ideia de homenagear a santa das causas impossíveis.
“Eu queria deixar um legado para o planeta, mas não sabia qual. Quando eu completei 60 anos de idade, aquela ideia ficava me cutucando na cabeça. Foi aí que eu pensei: eu sou tão devoto de Santa Rita, então vou fazer um santuário para ela. Mas eu fiz uma troca com a santa. Eu falei: ‘Se eu chegar aos 60 anos de idade e tiver saúde, eu vou construir o santuário’. E isso acabou acontecendo”, revela Paulo Flávio.
Dessa “troca” surgiu o maior santuário do mundo dedicado à Santa Rita de Cássia, localizado na cidade natal do empresário. Mas, no início, ele não tinha noção do tamanho do empreendimento com que estava lidando. São cerca de 100 mil metros quadrados de edificações e capacidade para receber sete mil pessoas.
“Eu não sabia o tamanho do santuário que eu iria construir. Então eu comprei o terreno e depois nós fomos descobrir que o que eu queria fazer era um empreendimento gigantesco, como poucos no mundo”, afirmou.
O santuário e a economia
Estima-se que o investimento na construção do santuário de Santa Rita de Cássia tenha girado em torno de R$ 25 milhões. Ele foi doado pelo empresário à diocese de Guaxupé, MG, que ficará responsável por sua administração.
A ideia é que o santuário alavanque a economia da cidade e o turismo religioso.
“Eu poderia muito bem, com esse dinheiro, abrir uma empresa e gerar 500 empregos aqui na cidade, mas o santuário pode dar emprego para cinco ou seis mil pessoas. Vai ser um movimento gigantesco na cidade, que vai dar sustentabilidade para a cidade e para aqueles que querem ter seu ganha-pão”, afirmou o empresário. Paulo Flávio ainda afirmou que já fez outra “troca” com Santa Rita de Cássia, mas ela só será revelada quando o empresário completar 80 anos.