Campanha “Amigos do Haiti” aceita doações de biscoitos a depósito em contas no Banco do Brasil
Por Emilton Rocha (Pascom)
Como consequência da devastação causada pelo Matthew, nome do poderoso furacão tropical que afetou a Jamaica, Cuba, República Dominicana, Bahamas e, especialmente, o Haiti, onde morreram centenas de pessoas, foi criada a campanha “Amigos do Haiti”, que tem a finalidade de arrecadar doações para o povo desse país caribenho muito castigado por tragédias naturais.
A Congregação das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, na pessoa da Irmã Claudia Adriana Aurieme (foto), e o Santuário Basílica de São Sebastião – Capuchinhos, firmaram parceria para arrecadar doações de biscoitos Maisena, Maria ou Cream Cracker. Também serão aceitas roupas em bom estado (roupa de verão) – pois o Haiti é um país tropical –, sapatos, roupinhas e enxovalzinhos de bebê. Tudo o que for doado será entregue naquele país através da Marinha do Brasil. Doações em dinheiros também serão bem-vindas (veja as contas para depósito abaixo).
A campanha será finalizada no dia 10 de novembro. As doações poderão ser entregues na Secretaria do Santuário Basílica de São Sebastião Frades Capuchinhos, à Rua Haddock Lobo, 266, Tijuca. “Contamos com a colaboração de cada um de vocês. Agradecemos a cada um pela generosidade e em especial a Basílica de São Sebastião, na pessoa de Frei Arles, que prontamente acolheu nosso pedido. Que o Coração de Jesus e Madre Clélia derramem as copiosas bênçãos em suas vidas e missão”, agradece a religiosa. Quem tiver qualquer dúvida, basta enviar mensagem pelo Whatapp, colocado à disposição: 999735552.
Doações em dinheiro – Banco do Brasil – Agências:
•Agência 5114-4 – Conta 5454-2 – Sandra Sahadi (CPF: 005.790.858-30) – Tel.: 61 99214-5321
•Agência 4595-0 – Conta Poupança 14.768-0, variação 51 – Tânia Maria Borges – Te.: 61 99213-1031
Irmã Cláudia e o seu trabalho
Formada em pedagoga, a irmã Irmã Cláudia Adriana Aurieme, do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, fundado em 1894, na Itália, por Madre Clélia Merloni (hoje em processo de Beatificação, presente em 17 países dos cinco continentes, trabalhou no Haiti de 2012 a 2016, onde atuou com suas coirmãs numa comunidade de Irmãs Educadoras, trabalhando na área da saúde. “Interessante ressaltar a presença da Irmã Alzira, de 83 anos e há 5 anos residindo no Haiti. Quando chegamos, vimos muitas crianças morrendo de fome e sem escolas” – recorda.
Antes, em abril de 2011, a congregação iniciou o trabalho de evangelização em Porto Príncipe, onde ocorreu o terremoto de 2010. No dia 6 de março de 2012 Irmã Cláudia partia para o Haiti como missionária, enfrentando desafios de cultura, idioma, saudades, mas com a certeza de oferecer o melhor de si para aquele povo tão sofrido. “Ao chegar em terras haitianas uma pergunta me acompanhava: o mundo está sedento de Deus e como povo pode contribuir para aliviar esta sede?”, lembra ela. No colégio Institution Sacré Coeur de Jesus, atuou como diretora pedagógica. Nos finais de semana dedicava-se às pastorais na paróquia. Ela conata que ante às dificuldades enfrentadas no processo de inculturação [influência recíproca entre o cristianismo e as culturas dos países onde a fé cristã é praticada] e outros, “a alegria era muito maior ao despertar pela manhã e ver no brilho do olhar de cada criança e adulto a alegria de ter uma escola, alimentação, posto de saúde. Nós Irmãs temos a certeza de que o futuro do país esta nas mãos dessas crianças. É semeando as sementinhas hoje que iremos colher os frutos amanhã”.
Na ocasião, as irmãs abriram uma escola totalmente gratuita. Em outubro de 2012 começaram com 30 crianças e com a ajuda de chamados benfeitores, hoje existem 300 crianças que recebem todos os dias o café da manhã e o almoço. A maioria delas recebem alimentação somente na escola. Segundo a Irmã Cláudia, pela manhã muitas chegam chorando de fome. “Na Institution Sacré Coeur de Jesus elas tem o amor, carinho e afeto que muitas vezes não tem em casa”, acentua. E continua: “Como nossa Fundadora dizia: ‘Educação é uma obra de amor e precisa passar pelo coração’. “Nosso povo haitiano é esperançoso e a primeira ajuda que vocês podem nos dar é rezando conosco todos os dias para que Deus seja a esperança no meio de tantos conflitos enfrentados: familiares, religiosos, políticos, econômicos…”.
Essa missão no Haiti tem recebido ajuda de escolas no Brasil, onde irmãs, pais, alunos, colaboradores e leigos promovem campanhas e festas para arrecadar fundos para nossas missões no Haiti, Filipinas, Moçambique etc., além de grande apoio do Exercito Brasileiro, na questão de segurança e construção da Escola.
Tania Borges
Tania Borges, uma focolarina [movimento dos Focolares, do italiano: focolare: lareira, lar. Casa, ou Obra de Maria, é um movimento laico de inspiração cristã-católica fundado em 1943, em Trento, Itália, por Chiara Lubich] e psicóloga muito amiga das irmãs está a frente dessa campanha mobilizando benfeitores de vários estados para abraçar esta causa. Juntas, buscam parcerias com colégios, paróquias e famílias para que a arrecadação possa ser frutuosa para as crianças e suas famílias. “Não conseguimos matar a fome do Haiti inteiro mas esta grande parcela que está conosco será assistida”. Tania conta com a colaboração ainda de pessoas que possam ajudar financeiramente para comprar materiais que ainda faltam.