
Leão XIV renovou seu apelo pelo fim do conflito, enfatizando que “hoje, mais do que nunca, a humanidade clama e invoca a paz”
Por Victoria Cardiel / ACI Digital
Depois da oração do Ângelus, o papa Leão XIV expressou sua profunda preocupação pela crescente tensão no Oriente Médio, com especial atenção à situação no Irã. “Sucedem-se notícias alarmantes vindas do Oriente Médio, especialmente do Irã”, disse no começo de sua mensagem.
O papa fez essa declaração pouco depois dos primeiros bombardeios dos EUA neste fim de semana em várias instalações nucleares iranianas, depois de mais de 45 anos de contenção nas tensas relações entre Washington e Teerã.
Os ataques agravaram o conflito entre Israel e Irã. O papa enquadrou esses eventos no contexto mais amplo de conflitos na região: “Neste cenário dramático, que inclui Israel e Palestina, leva ao risco de cair no esquecimento o sofrimento cotidiano da população, especialmente em Gaza e em outros territórios, onde a urgência de um adequado apoio humanitário se torna cada vez mais urgente”.
Leão XIV renovou seu apelo pelo fim do conflito, enfatizando que “hoje, mais do que nunca, a humanidade clama e invoca a paz”. Esse, disse ele, “é um grito que exige responsabilidade e razão, e não deve ser sufocado pelo fragor das armas e por palavras retóricas que incitam ao conflito”.
O papa disse que “cada membro da comunidade internacional tem uma responsabilidade moral: deter a tragédia da guerra, antes que ela se torne um precipício irreparável”.
Ele lembrou que “não existem conflitos distantes quando a dignidade humana está em jogo”. “A guerra não resolve os problemas, mas os amplifica e produz feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar”, acrescentou.
O papa também evocou as consequências humanas mais desoladoras da violência. “Nenhuma vitória armada poderá compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado”.
Por fim, renovou seu apelo à diplomacia e ao compromisso com a paz. “Que a diplomacia faça silenciar as armas, que as Nações moldem seu futuro com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos”, disse.