Um novo capítulo na Jornada Pastoral do Diácono Tarcísio Trindade Pereira

Fotos: Pascom/Capuchinhos

A transferência para o Santuário Basílica de São Sebastião: oportunidades de fortalecer laços comunitários e vivenciar novas experiências paroquiais

Por Emilton Rocha / Pascom

A transferência do diácono Tarcísio Trindade Pereira neste mês para o Santuário Basílica de São Sebastião marca o início de um novo capítulo na sua caminhada pastoral, proporcionando oportunidades para fortalecer laços comunitários e vivenciar uma nova experiência paroquial sob a orientação de religiosos. Com uma rica trajetória na Paróquia de Nossa Senhora da Cabeça, onde viveu momentos marcantes e desenvolveu sua visão pastoral, o diácono traz consigo uma bagagem de experiências que moldaram sua espiritualidade e capacidade de liderança.

Ao assumir o novo desafio, ele enfatiza a importância do papel do diácono na construção de uma comunidade de fé forte e unida, destacando a colaboração com o ministério paroquial. O diácono compartilha a expectativa de acolhimento e apoio na transição, reconhecendo o valor da obediência e da colaboração mútua na missão de evangelizar. Com gratidão, ele expressa seu agradecimento à família e aos paroquianos pelo constante apoio em sua jornada pastoral. Abaixo, uma entrevista com o Diácono Tarcísio Trindade Perereira.

O que significa sua transferência para o Santuário Basílica de São Sebastião?

Significa o início de um novo percurso paroquial, onde terei a oportunidade de criar laços de vivência pastoral e de comunidade de fraternidade. Ter a oportunidade de vivenciar uma experiência de comunidade paroquial orientada por religiosos, pois até o momento a minha experiência de comunidade paroquial foi orientada por ministros ordenados diocesanos. O modo de fazer deve ser diferente, mas a unidade é a mesma.

Quais foram os momentos mais memoráveis da sua experiência na igreja anterior e como eles moldaram sua visão pastoral?

A minha paróquia de origem foi a de Nossa Senhora da Cabeça, na Penha. Nesta Paróquia vivi 53 anos. Antes do meu nascimento, e até os 7 (sete) anos de idade, meus pais participaram da Paróquia de Bom Jesus da Penha, pois a Paróquia de Nossa Senhora da Cabeça não existia. Recebi o Sacramento do Batismo na Paróquia Santo Antônio Maria Zacarias, no Tanque, Jacarepaguá. Na paróquia de Nossa Senhora da Cabeça recebi os sacramentos da Eucaristia, da Crisma e do Matrimônio. Fui Vicentino Mirim, Coroinha, participei e fui Coordenador da Pastoral da Juventude, fiz o curso de noivos, recebi o Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão, participei de diversos ECC como encontreiro, Coordenador de Equipe, Coordenador Geral, Equipe Paroquial e Equipe Vicarial. Como casal de Ligação, participei da Comissão de Festa e da Comissão de Obras e fui indicado para o Ministério Diaconal.

O Decreto de transferência da Paróquia de São Geraldo para o Santuário Basílica de São Sebasião. | Reprodução.

Durante a minha formação diaconal, o meu estágio Pastoral (com duração de seis meses) foi na Paróquia de São Judas Tadeu, na Penha. A minha indicação para o Ministério Diaconal foi feita pelo Padre Jefferson, pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Cabeça, e ele estava há seis meses como pároco. Foi necessária essa introdução para entendermos e dizer que o meu maior desafio na Paróquia de São Geraldo foi iniciar uma nova vivência de comunidade paroquial, pois eu só tinha a experiência de uma realidade paroquial (Nossa Senhora da Cabeça) e cada paróquia tem a sua realidade paroquial.

Na Paróquia de São Geraldo, em momentos distintos, fui dirigente espiritual da Pastoral do Batismo, do ECC, da Pastoral Familiar, da Conferência Vicentina, do curso de Noivos e do Terço dos Homens. Foram momentos muito gratificantes, onde aprimorei o meu ministério Diaconal, a minha espiritualidade e a minha vivência de comunidade paroquial. Agradeço imensamente ao Cônego Júlio Cesar, Pároco de São Geraldo, pela confiança depositada e liberdade de ação. Lógico, sempre com a orientação do Cônego Júlio Cesar, pois sempre estava colocando-o a par da situação que se apresentava.

Como você vê o papel de um diácono na construção de uma comunidade de fé forte e unida?

O papel do Diácono é colaborar com o Ministério Ordenado Paroquial na evangelização, no crescimento da comunidade paroquial e na unidade fraternal. Somos pessoas distintas, mas comungamos da mesma doutrina.

Pode compartilhar algum desafio que enfrentou em sua missão anterior e como isso influenciou seu desenvolvimento pessoal e profissional?

Escutar mais, falar menos e respeitar a pessoa humana, pois cada um tem o seu modo de agir, as suas convicções e os seus tempos. A conversão é um processo pessoal e intransferível, onde eu não posso determinar a sua evolução. Posso, sim, apontar caminhos, mas a decisão de seguir ou não aquele caminho é da pessoa. Sou Servidor Público Federal e atualmente presto serviço no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

O Diácono Tarcísio (à direita) na concentração (praça Afonso Pena) para a procissão de Ramos este ano.
Quais são suas expectativas ao se juntar à nossa comunidade e como podemos apoiá-lo nessa transição?

Antes de expressar as minhas expectativas, quero deixar registrado o modo como o Diácono Manoel Antônio que, desde o contato telefônico que ocorreu em fevereiro de 2024 e durante todo esse período de experiência de comunidade paroquial (fevereiro de 2024 até maio de 2025), foi irrepreensível. O meu muito obrigado. Também quero agradecer imensamente à Comunidade dos Frades Capuchinhos – o meu muito obrigado pela confiança depositada. Toda mudança de Comunidade Paroquial requer um período de adaptação e vivência paroquial para que eu possa entender e compreender os anseios dos paroquianos. Por isso, a minha expectativa é de acolhimento. Pois o novo sempre causa anseios, inseguranças e expectativas de quem chega e de quem já está na comunidade paroquial.

Existe alguma mensagem ou ensinamento específico que você gostaria de transmitir aos membros da nossa congregação?

Fui designado conforme estabelecido no Código de Direito Canônico. Estou muito contente e feliz com a minha transferência para a Comunidade Paroquial de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, por isso quero somar e multiplicar, pois sou mais um e não o único. Conto com os paroquianos, o Diácono Manoel Antônio e com os freis na missão de levar para todas as pessoas paroquianas de São Sebastião a boa Nova de Jesus Cristo, através da evangelização e da ação pastoral, com as minhas limitações, minhas deficiências e sempre com a orientação do frei Jorge (de Oliveira) e frei Arles (Dias de Jesus) ou os seus sucessores. E isso quer dizer obediência.

Gostaria de registrar um agradecimento muito especial para a minha esposa Nadia e meus filhos Tatiana Maria e Tarcísio José, pelo apoio que me deram e me dão durante toda a minha caminhada pastoral. São quase 50 anos de vivência familiar (a serem completados em 4 de outubro próximo), entre namoro, noivado, casamento e paternidade.

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