Descendente de italianos, franceses e espanhóis, o novo Papa estudou em um seminário menor agostiniano em Michigan e, posteriormente, obteve o título de bacharel em matemática pela Universidade Villanova, na Pensilvânia.
Por Jonah McKeown / Catholic News Agency
O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito Papa Leão XIV na quinta-feira, 8 de maio — o primeiro papa dos Estados Unidos.
Sorrindo e acenando enquanto usava trajes papais mais tradicionais do que seu antecessor — e parecendo conter as lágrimas em certos momentos — Leão abençoou as massas animadas reunidas na Praça de São Pedro, proclamando em italiano confiante: “A paz esteja com todos vocês!”
Agostiniano e canonista, Prevost passou mais de uma década ministrando na América do Sul antes de ser chamado de volta aos EUA para liderar os Agostinianos do Centro-Oeste, sendo posteriormente eleito prior geral da ordem agostiniana, cargo que ocupou por doze anos. Posteriormente, retornou à América do Sul após o Papa Francisco o nomear bispo em Chiclayo, Peru, em 2014. Francisco o chamou a Roma em 2023 para liderar o influente Dicastério para os Bispos.
Prevost, 69, nasceu em 14 de setembro de 1955, em Chicago. Ele é descendente de italianos, franceses e espanhóis. Estudou em um seminário menor agostiniano em Michigan e, posteriormente, obteve o título de bacharel em matemática pela Universidade Villanova, na Pensilvânia.
Ele entrou oficialmente na Ordem de Santo Agostinho em 1978, fazendo seus votos solenes em 1981. Foi ordenado sacerdote em junho de 1982, depois de estudar teologia na União Teológica Católica de Chicago.
Após ser ordenado, ele obteve um doutorado em direito canônico pelo Pontifício Colégio Santo Tomás de Aquino, em Roma (também conhecido como Angelicum), em 1987.
Prevost retornou a Chicago por um curto período em 1987, atuando como pároco para vocações e diretor de missões dos Agostinianos do Centro-Oeste (Província de Nossa Senhora do Bom Conselho). Em seguida, foi enviado ao Peru, onde serviu aos Agostinianos em diversas funções, incluindo como juiz eclesiástico regional e professor de Direito Canônico no seminário diocesano de Trujillo, Peru, por 10 anos.
Após ser eleito chefe da Província Agostiniana de Chicago, Prevost retornou aos EUA em 1999. Ele foi eleito prior geral dos agostinianos em 2001 e reeleito em 2007, servindo como chefe da ordem até 2013.
O Papa Francisco nomeou Prevost como administrador apostólico de Chiclayo, Peru, em 2014, e ele foi ordenado bispo titular de Sufar no mesmo ano.
Enquanto servia à Igreja no Peru, Francisco nomeou Prevost membro do Dicastério para o Clero em 2019 e, em 2020, membro do Dicastério para os Bispos. Em 2023, Francisco nomeou Prevost prefeito do Dicastério para os Bispos. Nessa função, Prevost desempenhou um papel fundamental no processo de seleção de bispos diocesanos em todo o mundo e na investigação de alegações contra bispos.
Em 2023, Prevost falou ao Vaticano News sobre o que ele considerava ser o “retrato de um bispo”.
“Muitas vezes nos preocupamos em ensinar a doutrina, a maneira de viver a nossa fé, mas corremos o risco de esquecer que a nossa primeira tarefa é ensinar o que significa conhecer Jesus Cristo e testemunhar a nossa proximidade com o Senhor”, disse ele ao Vatican News.
“Isto vem em primeiro lugar: comunicar a beleza da fé, a beleza e a alegria de conhecer Jesus”, acrescentou. “Significa que nós mesmos estamos vivendo e compartilhando essa experiência.”
O Papa Francisco o nomeou cardeal em um consistório realizado em 30 de setembro de 2023.