Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.
Emilton Rocha / Pascom
A Confraria de Nossa Senhora das Dores, do Santuário Basílica de São Sebastião, começará os festejos de sua padroeira a partir do dia 8 de setembro, com início do setenário (festa ou devoção religiosa comemorativa das sete dores de Nossa Senhora e que dura sete dias) que vai até o dia 14 (sábado), com a festa no dia 16 (segunda). A Confraria de Nossa Senhora das Dores é uma associação religiosa que tem por objetivo honrar a Virgem das Dores e propagar a sua devoção.
Para o presidente da confraria, Rodrigo Tavares, festejar Nossa Senhora das Dores tem dois aspectos: “o de agradecer ao Senhor Jesus, pois foi aos pés da Cruz que Ele nos deu a Sua Mãe para também ser nossa mãe”; e “reviver um legado cultural de devoção mariana, que vem do tempo do Morro do Castelo, sendo a Confraria a guardiã desse legado” – disse.
Anualmente, a igreja celebra duas festas em honra a Nossa Senhora das Dores: a primeira, na Sexta-feira da Semana da Paixão e, a segunda, no dia 15 de setembro.
Dia 8 de setembro (domingo), às 16h, o setenário terá início com a Oração Coroinha de Nossa Senhora que irá preceder todas as missas que serão celebradas durante os sete dias referentes ao também chamado de septenário. A coroinha de Nossa Senhora das Dores medita as sete dores de Nossa Senhora e, para cada dor, são rezadas 7 Ave Marias.
Além das missas, estão programadas a Coroinha, Stabat Mater e Ladainha, que antecedem a Missa/Setenário diariamente. A festa será realizada no dia 16 de setembro (segunda-feira) com Missa às 18h e, ao final, a entrega de fitas para os novos zeladores da Confraria. (veja a programação abaixo).
A Confraria convida a todos a participar das festividades e a compartilhar deste momento de espiritualidade e comunhão. É uma oportunidade para renovar a esperança e a fé, e para construir uma sociedade mais justa e solidária, inspirada pelos ensinamentos de amor e compaixão da Virgem Maria.
Este é um momento de grande importância para a comunidade, pois além de fortalecer a fé e a devoção, promove a união e a solidariedade entre os membros e devotos os quais estão convidados a oferecer, como gesto concreto, leite em pó, a ser entregue durante o ofertório nos dias do setenário. O leite doado será encaminhado para o Clube do Leite, mantido pelo Santuário Basílica, para distribuição às mães cadastradas.
Nossa Senhora das Dores
A História de Nossa Senhora das Dores remonta ao século XVIII, quando a devoção à Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora das Dores, começou a se espalhar pela Europa e pelas Américas. Essa devoção se concentra nas sete dores que Maria sofreu durante a vida de Jesus Cristo, desde a profecia de Simeão até a crucificação e sepultamento de seu filho.
A imagem de Nossa Senhora das Dores, com seu manto azul e o coração transpassado por sete espadas, continua a inspirar os fiéis a enfrentar as dificuldades da vida com coragem e resignação. Para muitos, ela é um símbolo de amor materno e um exemplo de fortaleza diante da dor e do sofrimento.
Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.
O culto
O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na então Germânia, hoje, Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores como hoje a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença, na Itália, no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria, uma ordem profundamente mariana.
Imagem de Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto. Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa). Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando assim origem à famosa escultura chamada Pietà.
Programação
8 de setembro – Domingo – 1ª Dor: “A Profecia de Simeão”
16h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
17h – Missa e setenário (após a comunhão)
9 de setembro – Segunda-feira – 2ª Dor: “A fuga para o Egito”
17h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
18h – Missa e setenário (após a comunhão)
10 de setembro – Terça-feira – 3ª Dor: “A perda do Menino Jesus por três dias”
17h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
18h – Missa e setenário (após a comunhão)
11 de setembro – Quarta-feira – 4ª Dor: “O encontro de Jesus e Maria, a caminho do calvário”
17h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
18h – Missa e setenário (após a comunhão)
12 de setembro – Quinta-feira – 5ª Dor: “Maria presencia a Crucificação de Seu Filho”
17h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
18h – Missa e setenário (após a comunhão)
13 de setembro – Sexta-feira – 6ª Dor: “Maria recebe em seus braços o corpo desfigurado de Seu Filho, descido da cruz”
17h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
18h – Missa e setenário (após a comunhão)
14 de setembro – Sábado – Festa da Exaltação da Sta Cruz – 7ª Dor: “Maria acompanha o corpo do Seu Divino Filho ao sepulcro”
16h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
17h – Missa e setenário (após a comunhão)
16 de setembro – Segunda-feira – Festa de Nossa Senhora das Dores
17h – Coroinha, Stabat Mater e Ladainha
18h – Missa, com a entrega de fitas para os novos zeladores da Confraria, após a comunhão