É comum que o Bispo indique os lugares a serem visitados para que os fiéis cumpram as ações necessárias para receber a indulgência, que pode ser plenária (mesma coisa que total), ou parcial.
Letícia Dias / A12
Receber uma indulgência e fazer as ações necessárias para consegui-la diz respeito ao perdão dos pecados, ou seja, está ligado ao Sacramento da Penitência. No entanto, as indulgências podem ser destinadas a outras pessoas, até falecidas, a partir do momento em que alguém próximo a elas cumpra os passos necessários.
O missionário redentorista Padre Inácio de Medeiros, C.Ss.R. explicou ao A12 que, na Doutrina da Igreja, a indulgência é uma graça que os fiéis podem receber.
“Esse costume veio do Antigo Testamento e a indulgência podia ser concedida em ocasiões e datas especiais, como por ocasião dos jubileus ou de um Ano Santo […] Em geral, para se receber uma indulgência é preciso confessar os pecados, participar da Santa Missa e da Eucaristia [comungar] e realizar certas práticas penitenciais e caritativas, como visitar um hospital, um asilo ou algo do gênero”, disse.
De acordo com o Padre, é comum que o Bispo indique os lugares a serem visitados para que os fiéis cumpram as ações necessárias para receber a indulgência, que pode ser plenária (mesma coisa que total), ou parcial.
Exageros do passado
Padre Inácio afirmou ainda que, no tempo que antecedeu à Reforma Protestante, houve alguns exageros, por exemplo, na venda e compra de indulgências.
“Graças a Deus esses erros foram superados, e hoje há um procedimento prescrito no Catecismo da Igreja e no Código de Direito Canônico que rege o recebimento das indulgências”.