Fiéis lotam Capuchinhos para ver santuário receber oficialmente o título de Basílica
Andréa Pestana | Fotos: Emilton Rocha
Em primeiro de novembro, dia de Todos os Santos, o Santuário de São Sebastião dos Frades Capuchinhos foi elevado à Basílica de São Sebastião. Como Basílica, o Santuário estreita a relação com a Igreja de Pedro, na liturgia e na missão de evangelização.
A organização do evento contou com a participação de toda a comunidade dos Capuchinhos. Diferentes pastorais trabalharam em conjunto e o resultado foi uma cerimônia impecável.
Com a presença do arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, do secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero – que compareceu em nome do prefeito Eduardo Paes -, de representantes do governo do estado e de outras autoridades como o vereador Reimont Otoni, o evento começou com a apresentação da Banda da Guarda Municipal.
Com a igreja lotada, após procissão de entrada, o pároco, Frei Arles de Jesus, saudou os presentes e, em seguida, Dom Orani fez a leitura do decreto que oficializou a elevação do Santuário a Basílica.
Depois foram apresentadas as insígnias papais: o Tintinábulo e a Umbela. As insígnias são elementos de apresentação obrigatória quando uma igreja se torna Basílica. Não são peças decorativas e devem estar presentes nas procissões. O Tintinábulo e a Umbela farão parte do conjunto de relíquias do Santuário Basílica de São Sebastião e se destacam pela inovação e pela beleza com que foram elaboradas sob a coordenação do Frei Cassiano.
Em sua homilia, Dom Orani disse não haver ocasião mais propícia para a elevação dos Capuchinhos a Basílica. Segundo o arcebispo, em um mundo materialista, cada cristão recebe um chamado universal para evangelizar no cotidiano.
De acordo com o pároco Frei Arles de Jesus, a data da cerimônia teve um significado especial para a comunidade dos Capuchinhos por marcar os 94 anos da saída da igreja do antigo Morro do Castelo. Com o lema “A Igreja desce, mas não emudece”, a ordem dos frades capuchinhos abraça com alegria os desafios apresentados pela elevação. Além de estar em sintonia com a Arquidiocese, aprofunda a interação com a Igreja de Pedro para realizar a construção do caminho à santidade e à mudança de vida para o Rio de Janeiro. Essa cidade carrega em seu nome a vivência espiritual que caracteriza o Santuário Basílica de São Sebastião: um jovem que resume o seu ato de entrega a Deus dizendo: “antes de ser oficial do Imperador, sou soldado de Cristo”. Que o Santuário Basílica de São Sebastião inspire novas vocações.