Cristãos lamentam medida a ser implementada no mês do Natal
Aleteia / Francisco Vêneto
O Facebook eliminou os campos “religião”, “ideologia política” e “endereço” do cadastro de informações que o usuário pode compartilhar publicamente.
A mudança deverá ser implementada a partir de 1º de dezembro deste ano, quando a Meta, empresa proprietária da rede social, pretende excluir esses dados dentre os que são mostrados nos perfis.
O motivo não foi informado pelo Facebook, que manterá abertas informações como a cidade atual, a cidade de origem e os locais visitados pelo usuário.
Internautas cristãos lamentaram o fato de que a exclusão unilateral do campo “religião” seja imposta no mês do Natal, quando aumenta o compartilhamento não apenas de conteúdos relacionados com Jesus Cristo, mas também de testemunhos pessoais de usuários no tocante à própria vivência da fé e da religião.
O Facebook, de fato, já foi esteve envolvido em outras “polêmicas natalinas”. Em 2018, o algoritmo censurou uma imagem do Papai Noel ajoelhado perante o Menino Jesus, classificando-a como “violenta ou explícita” – a imagem só voltou a ser exibida depois que a denúncia de censura viralizou na internet.
No mesmo ano, o fundador da rede, Mark Zuckerberg, teve de pedir desculpas pessoalmente após o Facebook bloquear sem justificativas um anúncio de uma universidade franciscana que continha a cruz de São Damião.
No ano anterior, cerca de vinte páginas católicas tinham sido bloqueadas pela rede social num único dia, sem qualquer explicação. A maioria das páginas era brasileira e todas foram restabelecidas após a reação veemente de usuários católicos.