Celebração será neste domingo, às 11h30. Uma Basílica Menor é uma Igreja com o título concedido pelo Papa, considerada importante por diferentes motivos, tais como: veneração que lhe devotam os cristãos, transcendência histórica e beleza artística de sua arquitetura e decoração
Emilton Rocha / Pascom
O Santuário Basílica de São Sebastião, localizado na Tijuca, Rio de Janeiro, administrado pelos Frades Capuchinos, também Santuário Arquidiocesano e Templo de interesse afetivo para o município do Rio de Janeiro, está completando o 7° aniversário de ascensão ao grau de Basílica Menor, considerado o mais alto posto que uma igreja pode alcançar.
A celebração de elevação foi realizada domingo, 1º de novembro de 2015. O dia da cerimônia foi escolhido em virtude da memória à última missa no Morro do Castelo, que completa 94 anos de sua realização. A partir de então o nome oficial da igreja passou a ser Santuário Basílica de São Sebastião.
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos autorizou, no dia 17 de junho daquele ano, o decreto que concede o título de Basílica Menor ao Santuário São Sebastião. “A concessão deste título a esta importante Igreja, intensificando o vínculo particular com a Igreja de Roma e com o Santo Padre, quer promover a sua exemplaridade como verdadeiro centro de ação litúrgica e pastoral na Diocese”, afirmava o comunicado.
O Santuário Basílica de São Sebastião é um lugar de grande devoção de todo o povo carioca, onde se encontram a imagem histórica do patrono do Rio trazida por Estácio de Sá, o marco da cidade e os restos mortais do fundador. É de onde sai todos os anos a grande procissão de São Sebastião no dia 20 de janeiro, depois da grande missão popular com a trezena arquidiocesana. “Que o santo mártir guerreiro continue protegendo nossa cidade contra a peste, a fome e a guerra, e nos dê a paz”, disse à época Dom Orani João Tempesta, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, durante a homilia.
Uma Basílica Menor é uma Igreja com o título concedido pelo Papa, considerada importante por diferentes motivos, tais como: veneração que lhe devotam os cristãos, transcendência histórica e beleza artística de sua arquitetura e decoração.
O Santuário São Sebastião, no Rio de Janeiro foi declarado arquidiocesano ainda em 2015, durante as comemorações pelo dia do padroeiro, em 20 de janeiro. O templo possui especial valor afetivo para os cariocas.
As comemorações
Como parte das comemorações, já neste sábado, 5 de novembro, o grupo Codex Sanctissima (foto acima) estará realizando um concerto comemorativo pelo 7° aniversário, no Santuário Basílica, com repertório de música medieval vocal e instrumental dos séculos XI-XV. A apresentação será feita, após a Santa Missa das 17h. Domingo, 6, será celebrada Missa em Ação de Graças, às 11h30.
A história
A Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, situada na Tijuca, Rio de Janeiro, foi inaugurada em 15 de agosto de 1931. Trazida da Igreja do Morro do Castelo, edificada em 1567, foi reconstruída por Salvador de Sá em 1583. Para o local foram transportados o que chamamos de “Relíquias Históricas da Cidade”: os restos mortais do fundador da cidade do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, morto em 1567; o marco zero da cidade fundada em 1565, e a pequena imagem de São Sebastião de 1563.
Em 1842, a Igreja de São Sebastião do Castelo fora entregue aos cuidados dos frades capuchinhos. Essa igreja sobreviveu até 1922 quando foi demolida juntamente com o Morro do Castelo. Embora com isso o Rio de Janeiro tenha perdido uma das partes de sua história antiga, muitas coisas foram transferidas para a atual igreja da Tijuca.
A Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos foi elevada a paróquia em 9 de janeiro de 1947 pelo Cardeal Arcebispo Dom Jaime de Barros Câmara. No dia 8 de junho, instalou-se a nova paróquia de São Sebastião do Antigo Castelo tendo como primeiro pároco o Frei Jacinto de Palazzolo. Foi dada novamente aos capuchinhos a guardiania das “Relíquias Históricas da Cidade do Rio de Janeiro”.