Após este consistório, o Colégio de Cardeais, grupo mais próximo de assistentes do papa, passa a ser composto por um total de 229 cardeais
Por ACI Digital
O papa Francisco criou 20 novos cardeais na tarde de hoje (27), na basílica de São Pedro, no Vaticano. Entre eles, dois brasileiros: o arcebispo de Manaus (AM), dom Leonardo Steiner, e o arcebispo de Brasília (DF), dom Paulo Cezar da Costa.
Antes do início da cerimônia, milhares de fiéis de todas as partes do mundo esperavam sua vez para entrar na basílica de São Pedro.
O consistório ordinário começou às 16h (11h no horário de Brasília). O papa Francisco dirigiu sua homilia a todos os presentes. Em seguida, disse em voz alta o nome de cada dos novos cardeais.
Em sua homilia, o papa comunicou que dom Richard Kuuia Baawobr, arcebispo de Wa, em Gana, não pôde participar da cerimônia porque, ao chegar a Roma, “sentiu-se mal”. Segundo o papa, o arcebispo está se recuperando de um problema de coração e teve que passar por uma cirurgia. Também pediu aos presentes que rezem pela recuperação de dom Baawobr.
Logo após, os cardeais juraram fidelidade e obediência ao papa e a seus sucessores. O papa Francisco, então, fez a imposição do barrete, a entrega do anel e a atribuição do título ou diaconia a cada novo cardeal.
Entre os novos cardeis estão três chefes de dicastérios da cúria romana: o inglês Arthur Roche, prefeito da Congregação para o Culto Divino; o coreano Lazarus You Heung-sik, prefeito da Congregação para o Clero; e o espanhol Fernando Vérgez Alzaga, presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano e do Governatorato.
Também foram criados cardeais Jean Marc Avelin, arcebispo de Marselha, França; Peter Okpaleke, bispo de Ekwulobia, Nigéria; Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus; Filipe Neri António Sebastião do Rosário Ferrão, arcebispo de Goa e Damão, Índia; Robert W. McElroy, bispo de San Diego, Estados Unidos; Virgílio do Carmo da Silva; arcebispo de Timor Leste; Oscar Cantoni, bispo de Como, Itália; Anthony Poola, arcebispo de Hyderabad, Índia; Paulo Cezar da Costa, arcebispo de Brasília; Richard Kuuia Baawobr, arcebispo de Wa, Gana; William Seng Chye Goh; arcebispo de Cingapura; Adalberto Martínez Flores; arcebispo de Assunção, Paraguai; Giorgio Marengo, prefeito apostólico de Ulan Bator, capital da Mongólia.
Entre os novos cardeais também há quatro com mais de 80 anos, portanto passam a fazer parte do grupo de não-eleitores. São eles: Jorge Enrique Jiménez Carvajal, arcebispo emérito de Cartagena, Colômbia; Arrigo Miglio, arcebispo emérito de Cagliari, Itália; padre Gianfranco Ghirlanda, jesuíta, canonista e ex-reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana; dom Fortunato Frezza, cônego de São Pedro, no Vaticano.
Após este consistório, o Colégio de Cardeais, grupo mais próximo de assistentes do papa, passa a ser composto por um total de 229 cardeais. Entre eles, 132 são cardeais eleitores, ou seja, aqueles que elegerão o próximo papa em um futuro conclave, e 97 são não-eleitores.
Do total de cardeais eleitores, seis farão 80 anos até o final de 2022, dois dos quais completarão a idade no final de setembro.