Papa Francisco reza terço pela paz na Ucrânia

No final da oração do terço, foram rezadas as Ladainhas Lauretanas, que são uma compilação de louvores em honra da Virgem Maria

ACI Digital

Hoje, 31 de maio, o papa Francisco rezou o Terço pela Paz no mundo, especialmente na Ucrânia, país que está em guerra com a Rússia desde 24 de fevereiro.

Por volta das 18h (13h no horário de Brasília), o papa Francisco chegou à basílica de Santa Maria Maior, entrou pela porta principal acompanhado de um canto, colocou um buquê de flores em frente à estátua da Virgem Rainha da Paz, foi ao seu lugar e começou a rezar o terço fazendo uma oração inicial com as seguintes palavras:

Ó Maria, Mãe de Deus e Rainha da Paz, durante a pandemia nós nos reunimos ao vosso redor para pedir a vossa intercessão. Pedimo-vos que apoiásseis os doentes e désseis força ao pessoal médico; imploramos por misericórdia para os moribundos e para enxugar as lágrimas dos que sofreram em silêncio e na solidão.

Esta noite, no final do mês particularmente consagrado a Vós, aqui estamos nós novamente diante Vós, Rainha da Paz, para Vos implorar: concedei-nos a grande dádiva da paz, cesse o quanto antes a guerra, que durante décadas se abate sobre várias partes do mundo, e que agora também invadiu o continente europeu.

Estamos conscientes de que a paz não pode ser apenas o resultado de negociações nem uma consequência apenas de acordos políticos, mas é acima de tudo um dom pascal do Espírito Santo.

Consagramos ao vosso Imaculado Coração as nações em guerra e pedimos o grande dom da conversão dos corações. Estamos certos de que com as armas da oração, do jejum e da esmola, e com o dom da vossa graça, é possível mudar os corações dos homens e o destino do mundo inteiro.

Hoje elevamos o nosso coração para Vós, Rainha da Paz: intercedei por nós perante o Vosso Filho, reconciliai os corações repletos de violência e vingança, endireitai os pensamentos cegos pelo desejo de enriquecimento fácil, que a paz do Vosso Filho reine sobre toda a terra”.

O papa estava acompanhado por centenas de fiéis, cardeais e outros membros do clero. Vários santuários do mundo se uniram à oração de forma virtual.

Leigos católicos ajudaram o papa em todas as orações.

Foram rezados os mistérios dolorosos e depois do anúncio de cada “mistério” foram lidas uma breve passagem bíblica e uma intenção de oração antes de começar cada dezena.

No primeiro mistério, que recorda o momento em que Jesus reza no horto das oliveiras, o papa Francisco rezou “pelas vítimas da guerra, especialmente pelas pessoas mais indefesas: crianças, idosos, doentes”.

“Rezamos pelas famílias quebradas; pelos pais e mães que esperam o retorno de seus filhos e pelas crianças que aguardam o retorno de seus pais e mães dos campos de batalha, para que ninguém sofra injustamente”, acrescentou.

No segundo mistério, que recorda “Jesus sendo flagelado pelos soldados”, o papa Francisco rezou “pelos sacerdotes, pelas pessoas consagradas e por aqueles que levam a palavra de esperança e a consolação da fé às populações atingidas pela guerra, para que sejam sempre instrumentos de misericórdia”.

No terceiro mistério doloroso, na coroação de espinhos, o papa rezou “pelos médicos e voluntários que todos os dias levam ajuda humanitária aos mais necessitados, para que sejam cada vez mais convencidos e numerosos”.

A oração também foi dedicada “às famílias e a todas as pessoas que acolheram os refugiados em suas casas com o coração aberto, para que não se cansem de expressar generosidade e solidariedade”.

No quarto mistério, que lembra Jesus carregando a cruz nas costas, foram feitas orações “pelos torturados e moribundos, especialmente pelos que morrem sozinhos, para que permaneçam ancorados na fé”.

“Rezamos pelas pessoas estupradas e desaparecidas, e por suas famílias e amigos, para que não percam a esperança”, acrescentou.

No quinto mistério que recorda a crucificação e morte de Jesus, rezaram para que “cessem as guerras e reine a paz duradoura em todas as nações”.

No final da oração do terço, foram rezadas as Ladainhas Lauretanas, que são uma compilação de louvores em honra da Virgem Maria. O papa Francisco concedeu a bênção final encerrando com um canto.

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