A Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos
Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.
O castigo para os escravos recapturados era ter a letra “F” marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.
Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente. Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: “Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração….Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio”. (Fm 18 e 19)
Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.
Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.
Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.
Outros santos e beatos:
- Santo Agano (1050-1100) — abade beneditino de Áriola, na Campânia.
- Beato Bernardo Scamacca (†1486) — passou de uma vida de libertino para a de expiação e penitência. Nascido em Catânia, tornou-se monge dominicano depois de ferido em duelo.
- santos Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel — martirizados em Cesaréia da Palestina, em 309.
- São Fustino (†381) — bispo de Bréscia.
- Santo Honesto — martirizado em Pamplona, na Espanha, em 270.
- São Joanito (750-846) — militar, a seguir eremita, próximo ao monte Olimpo. Venerado pelos gregos em razão de sua luta contra os iconoclastas.
- Santa Júlia de Mérida — martirizada junto com santa Eulália, em 304.
- Santa Juliana — virgem martirizada provavelmente em Cuma ou nas imediações de Nápoles, em época incerta. Costuma ser retratada em luta contra o diabo, representado por um dragão.
- São Juliano e companheiros — martirizados no Egito, em época incerta.
- Santa Macrina, a Anciã (†340) — avó paterna de são Basílio e de são Gregório de Nissa. Foi exilada e sofreu em virtude da perseguição movida por Diocleciano e Licínio.
- Santa Maria (século I) — é apresentada nos Atos dos Apóstolos como a mãe de João Marcos. Os apóstolos reuniam-se em sua casa.
- São Matias de Meaco — terceiro franciscano; martirizado em 1597, com Paulo Miki e companheiros.
- Santos Porfírio e Seleuco — martirizados em 309, em Cesaréia da Palestina.
- Beato Torello (1201-1281) — nascido na Toscana, em Poppi. Após uma vida desregrada, tomou o hábito de eremita do ramo valumbrosano e durante 60 anos viveu enclausurado em sua cela.
- Beato Vicente de Sena (†1442) — tornou-se frade menor franciscano; companheiro de viagem de são Bernardino.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas