Santuário de São Sebastião é elevado a Basílica Menor

Papa Francisco concedeu título de Basílica Menor ao Santuário de São Sebastião, administrado pelos Frades Capuchinhos

Emiltton Rocha / Pascom

O Santuário de São Sebastião, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, foi elevado a Basílica Menor. No dia 17 de junho, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos autorizou o decreto que concede o título à Igreja que fica localizada no bairro Tijuca.

O presidente do Dicastério, Cardeal Robert Sarah, enviou uma carta ao Arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, na qual comunica a autorização. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos autorizou no dia 17 de junho, o decreto que concede o título de Basílica Menor ao Santuário São Sebastião, situado na Tijuca, no Rio de Janeiro.

“A concessão deste título a esta importante Igreja, intensificando o vínculo particular com a Igreja de Roma e com o Santo Padre, quer promover a sua exemplaridade como verdadeiro centro de ação litúrgica e pastoral na Diocese”, afirma o comunicado.

Uma Basílica Menor é uma Igreja com o título concedido pelo Papa, considerada importante por diferentes motivos, tais como: veneração que lhe devotam os cristãos, transcendência histórica e beleza artística de sua arquitetura e decoração.

O Santuário São Sebastião, no Rio de Janeiro, é administrado pelos Frades Capuchinhos, e foi declarado arquidiocesano neste ano, durante as comemorações pelo dia do padroeiro, em 20 de janeiro. O templo possui especial valor afetivo para os cariocas, pois possui a guarda de três relíquias: o marco de fundação, os restos mortais do fundador da cidade, Estácio de Sá, e a imagem histórica de São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro que foi trazida por ele.

Além da fraternidade dos frades capuchinhos, o santuário conta com a fraternidade franciscana secular de São Sebastião, fundada no dia primeiro de maio de 1860, no antigo Morro do Castelo, no Centro da Cidade, quando ainda não havia sido constituída a paróquia. Com a demolição do morro, no inicio do século XX, a fraternidade e os frades capuchinhos se transferiram para a Tijuca.

Os interessados em conhecer um pouco dos 155 anos de história da  fraternidade poderão fazê-lo na reunião mensal que é realizada sempre no primeiro domingo de cada mês, após as missa de 8h30.  Maiores informações de como chegar à paróquia podem ser obtidas através do telefone (21) 2204-7900.

Um pouco da história

A Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, situada na Tijuca, Rio de Janeiro, foi inaugurada em 15 de agosto de 1931. Trazida da Igreja do Morro do Castelo, edificada em 1567, foi reconstruída por Salvador de Sá em 1583. Para o local foram transportados o que chamamos de “Relíquias Históricas da Cidade”: os restos mortais do fundador da cidade do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, morto em 1567; o marco zero da cidade fundada em 1565, e a pequena imagem de São Sebastião de 1563.

Em 1842, a Igreja de São Sebastião do Castelo fora entregue aos cuidados dos frades capuchinhos. Essa igreja sobreviveu até 1922 quando foi demolida juntamente com o Morro do Castelo. Embora com isso o Rio de Janeiro tenha perdido uma das partes de sua história antiga, muitas coisas foram transferidas para a atual igreja da Tijuca.

A Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos foi elevada a paróquia em 9 de janeiro de 1947 pelo Cardeal Arcebispo Dom Jaime de Barros Câmara.No dia 8 de junho, instalou-se a nova paróquia de São Sebastião do Antigo Castelo tendo como primeiro pároco o Frei Jacinto de Palazzolo Ofmcap. Foi dada novamente aos capuchinhos a guardiania das “Relíquias Históricas da Cidade do Rio de Janeiro.

Cláudio Santos, OFS | Franciscanos

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Frei Arles Dias de Jesus, atual pároco e futuro reitor.
Cerimônia será no dia 1º de novembro
Há sempre quem pergunte: “Por que basílica menor”? A diferença entre as duas é que as basílicas maiores estão em Roma. Em primeiro lugar a Basílica de São João de Latrão, que é a Catedral de Roma, a Basílica de São Pedro, que está no Vaticano, a Basílica de Santa Maria Maior e a Basílica de São Paulo Fora dos Muros. As Basílicas menores são todas aquelas outras, além das quatro papais, todas as outras espalhadas pelo mundo são chamadas de Basílicas Menores.
É sabido que o Rio de Janeiro não pode ter mais basílicas menores, pois já tem quatro – a de São Sebastião é a quinta. São elas: Basílica Santa Terezinha (Tijuca), Basílica Nossa Senhora de Lourdes (Vila Isabel), Basílica Imaculado Coração de Maria (Méier) e Basílica Imaculada Conceição (Botafogo), ou seja, quatro basílicas na Zona Norte e uma na Zona Sul.  
Segundo o pároco Frei Arles de Jesus, a cerimônia de elevação a basílica será no dia 1º de novembro, domingo, Dia de Todos os Santos e data da última missa realizada no morro do Castelo, em 1921. Ainda no começo, os preparativos já estão em curso, como exemplo a aquisição de dois elementos que irão identificar o santuário como basílica, que são o Tintinábulo, que é uma insígnia que a Santa Sé concede às Igrejas com o título honorífico concedido pelo Papa, e que consiste num pequeno sino que figura na procissão do Corpus Christi e outras solenidades; e a Umbela Basilical, que também é uma insígnia e peça histórica dos papas, outrora usada diariamente para fornecer sombra ao Sumo Pontífice. É utilizada em todas as basílicas do mundo.
Quando o papa eleva uma igreja ao grau de Basílica, a Umbela Basilical é obrigatoriamente usada como a principal insígnia. É uma espécie de guarda-sol que alterna listas em ouro e vermelho, as tradicionais cores do pontificado. Não se trata de peça decorativa, mas de uso nas procissões.Frei Arles lembra ainda que é preciso preparar um brasão, que passa a ser a identidade da basílica e que leva o nome do seu padroeiro, São Sebastião.
Emilton Rocha / Pascom 
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