A pedido do presidente Jair Bolsonaro, Joaquim Leite aterrissa na cidade do Rio, no fim de semana, para formalizar um acordo de convivência entre o Ministério do Meio Ambiente e a Arquidiocese do Rio, por prazo indeterminado. Ele dará direito de livre acesso à Igreja, situada ao redor do Cristo Redentor, no Alto do Corcovado, dentro do Parque Nacional da Tijuca. O parque é administrado pelo ICM-Bio.
A informação foi confirmada, por WhatsApp, pelo ministro do Meio Ambiente à coluna nesta quinta-feira de manhã. A intenção do presidente da República, segundo se apurou, é dar mais segurança jurídica aos católicos que enfrentam embate com o ICMBio na área. O padre Omar Raposo, do Santuário de Cristo, por exemplo, teria sido barrado duas vezes só nos últimos 30 dias ao tentar entrar na Igreja.
Segundo notas emitidas pela Arquidiocese e pelo ICMBio, em setembro, eis o que alegam os envolvidos na polêmica.
O Santuário Cristo Redentor, cujo reitor é o Padre Omar, afirma que “nos últimos meses a postura dos seguranças do Parque Nacional da Tijuca têm sido hostil” a religiosos e funcionários. “De maneira recorrente, Padre Omar, bispos e outros religiosos, juntamente com fiéis e convidados da Igreja, que participam das missas, casamentos, batizados e ações culturais promovidas pelo Santuário Cristo Redentor, passam por constrangimentos para acessar o Santuário”, diz a nota de repúdio.
O ICMBio respondeu, por meio de nota, que “por questões de segurança dos frequentadores e conservação ambiental de alguns Parques Nacionais, todos os veículos que acessam as áreas restritas precisam se identificar”. “Eventualmente, essa checagem pode levar um pouco mais de tempo, devido à quantidade de frequentadores em eventos e nos finais de semana”.