Um trabalho que só cresce; atualmente são entre 100 e 150 marmitas semanais distribuídas pelas ruas da Tijuca
Por Emilton Rocha / Pascom
O projeto iniciado em 2016 – “Marmitas de Maria” – que partiu do grupo jovem da Paróquia São Francisco Xavier, na Tijuca, resultou numa comissão da igreja que faz distribuição semanal de quentinhas pelo bairro a pessoas em situação de rua. É uma parceria com o Santuário Basílica de São Sebastião, que cede a cozinha para a preparação da comida e os preparativos em geral.
– Antigamente nós fazíamos a montagem das marmitas na casa dos voluntários, mas com a pandemia isso mudou –, lembra a voluntária Fernanda Lopes, estudante e integrante do grupo jovem da Paróquia São Francisco Xavier, que ajuda na montagem das quentinhas e cuida das redes sociais do “Marmita de Maria” (@marmitademaria).
Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente. O Censo de outubro de 2020, no Rio de janeiro, contabilizou 7.272 pessoas sem moradia, sendo que 752 perderam as casas durante a pandemia, porém entidades dizem que números são muito maiores.
Segundo o também voluntário Cássio Francisco, estudante e vendedor, o trabalho de distribuir quentinhas teve início há cinco anos e partiu de um grupo de jovens durante uma novena.
– É um trabalho que só cresce, atualmente são entre 100 e 150 marmitas semanais. Às quintas-feiras entregamos sopa ou sanduíche, e, aos domingos, um almoço, sempre no bairro da Tijuca, explica.
Para a entrega das quentinhas o itinerário é feito pelas rua Dr. Satamini e rua Campos Salles, praça Saens Pena (em torno do Shopping 45) e finaliza na rua Haddock Lobo. “E agora na pandemia o trabalho só intensifica porque a população de rua aumentou muito”, acrescenta.