Santo Inácio foi visto sempre com o rosário nas mãos, apoiado num bastão, barbas longas e olhar sério
Francisco Inácio Vincenzo Peis nasceu na cidade de Láconi, em novembro de 1701. Seus pais eram muito pobres, mas educaram os filhos no fiel seguimento de Jesus Cristo.
Inácio, desde a infância, sentiu um forte chamado para a vida religiosa. Ainda menino o chamavam de o santinho: não frequentou nem um dia de escola e nem aprendeu a escrever, mas todos os dias assistia à Missa e era coroinha. Possuía dons especiais da profecia, da cura e um forte carisma.
Antes de completar os vinte anos de idade decidiu que seguiria os passos de São Francisco de Assis. Procurou um convento, mas não pôde ser aceito, devido a sua frágil saúde. Somente depois de muitas tentativas é que foi aceito pelos capuchinhos.
Frei Inácio de Láconi morou em vários conventos. Enfim, estabeleceu-se no Convento do Bom Caminho em Calhiari. Era encarregado da portaria, função que desempenhou até a morte. Tinha o verdadeiro espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza, entretanto, de absoluta disponibilidade aos pobres, aos desamparados, aos doentes físicos e aos doentes espirituais.
Durante seus últimos cinco anos de vida, Inácio ficou completamente cego. Mesmo assim continuou cumprindo com rigor a vida comum com todos os regulamentos do convento. Morreu no dia 11 de maio de 1781. Depois da morte a fama de sua santidade se fortaleceu com a relação dos milagres alcançados pela sua intercessão.
Reflexão
Santo Inácio não escreveu nada, porque era analfabeto, não deixou uma doutrina, porque não era um filósofo, não fundou nenhuma ordem, porque não era homem de geniais e corajosas iniciativas. Foi visto sempre com o rosário nas mãos, apoiado num bastão, barbas longas e olhar sério. Não tinha nada do seráfico, mas em sua sacola se escondia um tesouro de sabedoria e virtude. Aprendamos a valorizar aqueles que na simplicidade transparecem os maiores dons do Espírito Santo.
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Láconi, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR