“As igrejas podem ser, em alguns casos, até mais seguras que as chamadas ‘empresas essenciais’, desde que tomem as precauções recomendadas”
Andrea Mancini / Redação da Aleteia / NurPhoto via AFP
Um grupo de médicos católicos que trabalham em hospitais e centros de pesquisa dos Estados Unidos publicou no site da Catholic Medical Association uma defesa da reabertura das igrejas, porque, tomando-se as devidas precauções, ela pode ser realizada “com a mesma segurança de outros serviços essenciais”.
Um dos autores das diretrizes propostas pela associação para essa reabertura é o Dr. Anushree Shirali, nefrologista da Universidade de Yale, que afirmou:
“Acredito que as igrejas podem ser igualmente seguras e em alguns casos até mais seguras do que as chamadas ‘empresas essenciais’, desde que tomem as precauções recomendadas”.
Também formado em Yale, o imunobiologista Dr. Andrew Wang, envolvido em pesquisa clínica sobre o coronavírus, declarou:
“Não encontro nenhuma razão científica clara pela qual servir comida para mil pessoas num restaurante seja mais seguro do que permitir que os católicos participem da Missa”.
As igrejas podem fazer um trabalho ainda melhor pela proteção das pessoas do que outras instituições da sociedade”
O grupo de médicos resolveu apresentar orientações que ajudem os bispos a implementarem práticas seguras com base em estudos médicos sobre o coronavírus. Eles contestam que as igrejas representem riscos maiores de contágio, enfatizando que, pelo contrário, elas devem ser vistas como parceiras na retomada da vida social:
“As igrejas podem fazer um trabalho ainda melhor pela proteção das pessoas do que outras instituições da sociedade”.
Os doutores também chamam a atenção para as consequências psicológicas provocadas pela incerteza quanto ao futuro, inclusive economicamente, e ressaltam que esta realidade não deve ser dissociada do conjunto de medidas sanitárias contra a pandemia. Inclusive do ponto de vista psicológico, eles reafirmam a importância de se poder contar com a Igreja. O Dr. Andrew Wang prossegue:
“É importante que a comunidade da Igreja esteja disponível, que o fortalecimento que obtemos dos sacramentos esteja disponível. A Igreja pode ajudar nesta crise global, como em todas as outras crises globais anteriores a esta”.
Os médicos do grupo ressaltam, além disso, a relevância do fator espiritual, enfatizando que “os sacramentos têm importância vital para os católicos”.