A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aboliu o preceito na solenidade de São José, em 19 de março
Por ACI Digital
Na próxima terça-feira, 19 de março, é celebrada a solenidade de São José, um dia de preceito na Igreja e, portanto, é obrigatório ir à missa; porém, o Brasil é um dos países em que a data não é preceito.
Em uma nota publicada em 12 de março, a Arquidiocese de Madri (Espanha) recordou: “No próximo dia 19 de março, é celebrada a solenidade de São José, padroeiro da Igreja universal. Esta festa é dia de preceito em toda a Igreja (cf. Canon 1246 do Código de Direito Canônico) e, consequentemente, na Arquidiocese de Madri”.
“O Vicariato Geral recorda a todos os membros da Igreja diocesana a obrigatoriedade de participar neste dia da celebração Eucarística, a não ser que por razões de trabalho ou outras circunstâncias inevitáveis, exista uma dificuldade grave para cumprir com este preceito”, conclui o texto.
O cânon 1246 do Código de Direito Canônico afirma que “o domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se como dia festivo de preceito em toda a Igreja. Do mesmo modo devem guardar-se os dias do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, Epifania, Ascensão e santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Santa Maria Mãe de Deus, e sua Imaculada Conceição e Assunção, São José e os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e finalmente de Todos os Santos”.
No entanto, precisamente o mesmo cânon no § 2 afirma que “a Conferência episcopal, contudo pode, com aprovação prévia da Sé Apostólica, abolir alguns dias festivos de preceito ou transferi-los para o domingo”. Assim, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aboliu o preceito na solenidade de São José, em 19 de março.
O Cânon 1247 acrescenta que “no domingo e nos outros dias festivos de preceito os fiéis têm obrigação de participar na Missa; abstenham-se ainda daqueles trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do dia do Senhor, ou o devido repouso do espírito e do corpo”.
O Cânon 1248 afirma ainda que “cumpre o preceito de participar na Missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo quer na tarde do dia antecedente”.
Papa Francisco reza esta oração a São José há 40 anos
O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira em audiência os participantes do Capítulo Geral dos Oblatos de São José, com os quais compartilhou uma breve oração que reza todos os dias ao pai adotivo de Jesus.
“Gosto de São José. Tem tanto poder! Há mais de 40 anos recito uma oração que encontrei em um antigo missal francês que diz: ‘São José cujo poder faz possíveis as coisas impossíveis’”, compartilhou o Papa. “O poder de São José. Nunca, nunca disse que não. Devemos tomar exemplo disso”, acrescentou.
O Pontífice recordou que “Deus se serve de todos, de modo particular, dos mais pequeninos, humanamente desprovidos, para implantar e fazer crescer o seu Reino”.
Nesse sentido, desejou aos oblatos que “a perspectiva de servir a Jesus na Igreja e em nossos irmãos e irmãs, com particular atenção aos jovens e mais humildes, possa sempre influenciar a sua vida e a sua alegria”.
“Por isso, encorajo-os a continuar a viver e a trabalhar na Igreja e no mundo com as virtudes simples e essenciais do Esposo da Virgem Maria: a humildade, que atrai a benevolência do Pai; a intimidade com o Senhor, que santifica toda obra do cristão; o silêncio e a discrição, unidas ao céu e à laboriosidade em favor da vontade do Senhor”.
Francisco também destacou que “frente a uma cultura superficial que ressalta a posse de bens materiais e promete a felicidade por meio de perigosos atalhos, vocês não duvidam em encorajar os jovens a fortalecer o espírito e a formar uma personalidade madura capaz de mostrar força, mas também ternura”.
“A maior alegria é falar aos jovens de Jesus Cristo, lendo com eles o Evangelho, situando-os no contexto da vida. Esse é o melhor caminho para construir um futuro mais sólido”.
Do mesmo modo, o Pontífice quis dedicar algumas palavras por ocasião do Capítulo Geral e recordou que o Capítulo Geral de um Instituto de Vida Consagrada “é um momento especial de graça, para seus membros e para sua comunidade, é claro, mas também para a dos demais, para muitas realidades eclesiais, paróquias, famílias, associações de leigos…”.