Padroeiro das famílias cariocas, o santo guerreiro ganha a cada ano mais devotos que o festejam e o seguem em gigantesca procissão no seu dia
Por Manoel Antonio Tavares – Foto: Angela Zolhof
A chuva que caiu pela manhã e o sol forte da tarde não afastaram a multidão que compareceu à Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, na Tijuca, no dia 20 de janeiro. Todas as missas estavam lotadas de fiéis emocionados, vindos das vizinhanças, dos bairros mais afastados, dos municípios mais próximos e até mesmo de outros estados. Todos desejosos de demonstrar o seu carinho e devoção pelo Santo Padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro. Foram celebradas treze missas, a partir das 5h da manhã até às 20h. Cada ano que passa mais pessoas se tornam devotas de São Sebastião.
A primeira atividade programada, além das missas de hora em hora, foi a procissão com motos – motoprocissão – pelos bairros da cidade, que terminou na Basílica. A seguir, o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, presidiu a celebração eucarística em honra ao padroeiro. Esta foi a celebração oficial, contando com a presença das mais altas autoridades eclesiásticas e políticas da cidade.
Em sua pregação Dom Orani observou a necessidade do povo carioca de imitar as virtudes de São Sebastião de lutar contra a corrupção, a ganância, os falsos poderes, a fome, a miséria e a violência. O Santo é modelo de fidelidade, coragem, justiça, fraternidade e amor a Deus. Dom Orani também citou ainda as virtudes Santa Irene que socorreu Sebastião quando foi ferido e abandonado. Lembrou que a festa teve um caráter social diferenciado, desde o dia 7 de janeiro os fiéis católicos doaram alimentos não perecíveis e recursos financeiros para que fossem distribuídos às famílias carentes e aos atingidos pelas mazelas sociais que afligem a nossa cidade.
Às 16h aconteceu a saída da tradicional procissão. Esse momento foi lindo! Dezenas de milhares de pessoas seguindo a imagem pelas ruas da cidade até à Catedral Metropolitana.
Muitos fiéis emocionados compareceram à Basílica para agradecer as muitas graças alcançadas por meio deste valoroso santo. Demonstravam também sua gratidão ao padroeiro por ter intercedido pela cura de uma enfermidade, depositavam seus ex-votos aos pés da imagem, beijavam a fita que pendia do altar-mor, pediam bênção para objetos religiosos e levavam para suas residências garrafas de água benta pelos frades capuchinhos. Muitos aproveitaram para fazer ou renovar seus pedidos de cura, graça e milagres.
Agradecemos a todos que fizeram com que esta festa fosse tão linda. Aos fiéis, celebrantes, voluntários, coordenadores de pastorais, liturgia, coral, aos que trabalharam nas barracas, nas ornamentações, na segurança, na limpeza, enfim às dezenas de anônimos que trabalharam para o bem-comum.
VIVA SÃO SEBASTIÃO! VIVA! VIVA! VIVA!